Vários governos da América do Sul mostram uma clara tendência ao endurecimento das políticas migratórias em relação a imigrantes haitianos chegam às fronteiras ou já são encontrados nos territórios. Do Equador para a Guiana Francesa (território ultramarino da França), os refugiados haitianos enfrentam uma complexa burocracia, como fechamento de fronteiras, ameaças de deportação e o aumento de requisitos para a entrada no território.
Atualmente no Brasil, cerca de 300 mil imigrantes haitianos estão em uma delicada situação humanitária, principalmente na cidade de Brasileia, fronteira do norte do Brasil com a Bolívia, principal área de atuação dos jesuítas da região.
Todos estão reunidos em abrigos precários. “Eles não têm água potável, estão sofrendo com a fome. A situação está totalmente fora de controle. Não há espaço para colocar colchões no chão”, disse o secretário de Estado dos Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão. O governador do Acre, Tião Viana, também afirmou que o estado não tem dinheiro para alimentar e cuidar dos refugiados.
Enquanto isso, o ministro da Justiça do Brasil, José Eduardo Cardozo, prometeu enviar uma equipe ao Acre para atender haitianos e acelerar a regularização das famílias quanto à imigração. Além disso, afirmou que serão endurecidas as medidas de imigração para conter os fluxos migratórios irregulares no País.
Fonte: JRS