Entre os dias 5 e 7 de abril, a RJE (Rede Jesuíta de Educação) promoveu o 2º Encontro das Equipes Diretivas dos Colégios e Centros Infantis. O evento, realizado na Casa de Retiros Padre Anchieta (Carpa), no Rio de Janeiro (RJ), reuniu educadores, jesuítas e leigos, além da equipe do Escritório Central da RJE.
O objetivo principal do encontro foi a apresentação e discussão dos projetos estratégicos de implementação do PEC (Projeto Educativo Comum) e a articulação da Educação Básica com o Plano Apostólico da Província dos Jesuítas do Brasil – BRA.
Na reunião, cada unidade educativa submeteu à apreciação dos participantes um projeto estratégico em uma das quatro dimensões: Currículo; Organização, Estruturas e Recursos; Clima Institucional; Relação Família e Comunidade Local. Além disso, houve momentos de formação e construção de uma agenda de projetos comuns.
Os educadores tiveram o apoio de três jesuítas para refletir sobre alguns temas relevantes para a inovação educativa. O padre Carlos Palácio apresentou um olhar sobre a 36ª CG (Congregação Geral) e as implicações do decreto sobre ´Reconciliação e Justiça´. O padre Josafá Siqueira provocou a RJE quanto aos desafios e oportunidades que a encíclica Laudato Si’ traz para a Educação Básica, em relação à sua consciência e prática da justiça socioambiental. O padre Geraldo Kollling mostrou como os processos de organização administrativa da Província BRA baseiam-se na sinergia das competências, dos talentos e do trabalho corporativo, em rede.
Além disso, em sintonia com a Província BRA, a RJE encomendou uma pesquisa de mercado, para estudar a viabilidade das unidades educativas de Educação Básica para os próximos anos. Segundo padre Mário Sündermann, delegado para a Educação Básica, o tema é de extrema relevância dada a complexidade da missão educacional no Brasil. “Esse segundo encontro representa um grande avanço na construção da Rede. Em apenas três anos, conseguimos construir nosso Projeto Educativo Comum (PEC), temos uma Plataforma Virtual (RJE-Moodle) que permite diálogo, formação e intercâmbio constante de saberes entre as unidades da RJE, além de ser um convite e uma oportunidade para qualificar as mediações pedagógicas nas respectivas instituições”, afirma.
Quanto aos passos futuros e envolvimento dos alunos, o jesuíta acredita que “avançando na implementação do PEC, com uma sistematização comum na Matriz de Projetos, certamente, o grande desafio é envolver e garantir o protagonismo dos alunos no seu processo formativo”. Ele ressalta que para isso será realizada a 2ª Edição do Curso de Formação Integral de alunos do Ensino Médio da RJE. O evento, com duração de 10 dias, tem por objetivo colaborar com a formação integral dos estudantes, fortalecendo as dimensões Espiritual, Social e Humano-afetiva, por meio de uma experiência profunda de Deus, iluminada pelo modo de proceder inaciano.
Outro destaque do encontro foi o lançamento do livro Que mundo queremos deixar às crianças que estão a crescer? que problematiza temas referentes aos desafios ambientais, abordados na Campanha da Fraternidade, na Laudato Si’ e no documento Curar um mundo Ferido [Clique aqui e saiba mais]. A obra foi a primeira feita por alunos em termos de RJE e contemplou estudantes do 7º e 8º ano das instituições jesuítas. Além disso, Já está em curso a preparação para o 1º Encontro Nacional da Simulação das Nações Unidas (ONU Colegial). “Vale lembrar que nossos colégios e escolas continuam com muitos projetos de formação integral de seus alunos, seja nas unidades ou em nível de Plataforma Apostólica”, finaliza o jesuíta.
Atualmente, a RJE é composta de 18 unidades, entre colégios, escolas e creches. Atende em torno de 30 mil alunos, sendo 7,1 mil bolsistas e 4,6 mil colaboradores docentes e não-docentes.
Fonte: RJE (Rede Jesuíta de Educação)
