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São Paulo, muitos símbolos, uma só origem: Pateo do Collegio

Jesuítas, homens de fronteiras, dispostos a estar naqueles lugares onde outros não podem ou não querem estar, magníficas personalidades que realizaram, em um meio áspero, uma incrível obra de renovação espiritual, sem outros meios que o exemplo de uma entrega generosa e radical.

Os jesuítas chegaram ao Brasil em 1549, com a missão de evangelizar os indígenas, naturais da terra, e de educar e confortar espiritualmente os colonos, cristãos europeus que deram início ao processo de colonização do Brasil.

Em 1553, o Pe. Manuel da Nóbrega, superior dos jesuítas no Brasil, partiu da Bahia para a Vila de São Vicente, na costa litorânea do estado de São Paulo, com a missão de escolher um local para a fundação de um colégio jesuíta. Subindo pelas trilhas indígenas até o Planalto de Piratininga, encontrou condições favoráveis para esse fim.

O colégio foi construído e recebeu o nome de São Paulo em homenagem à conversão do Apóstolo Paulo e à sua missão evangelizadora. No dia 25 de janeiro de 1554, para abençoar o colégio, foi celebrada uma missa pelo Pe. Manoel de Paiva, auxiliado pelo Pe. Afonso Brás e pelo Ir. José de Anchieta, entre outros, no mesmo local do atual Pateo do Collegio. Em torno desse colégio, onde se ensinava e se catequizava os filhos dos colonos e os meninos indígenas, surgiu a cidade de São Paulo.

Durante os séculos XVI e XVII, o edifício passou por ampliações conforme a população crescia.  A mais significativa delas foi concluída em 1685.

Devido a motivos de natureza político-econômica e ideológico-cultural, a Companhia de Jesus foi expulsa do Brasil em 1759 por ordem do Governo Português, e seus bens e suas propriedades foram confiscados.  Em 1773, a Ordem foi supressa pelo Papa Clemente XIV em quase todos os países, à exceção da Rússia. Com a ausência dos jesuítas, o colégio de São Paulo passou a ser palácio do governo de São Paulo até o início do século XX, abrigando a Secretaria da Educação do Estado.

Nas comemorações do Quarto Centenário da Cidade, em 1954, o sítio histórico das origens de São Paulo foi devolvido aos jesuítas.  O edifício do antigo  Palácio dos Governadores, em completo abandono, foi demolido e, entre as décadas de 1960 e 1970, foi erigido o Memorial da Companhia de Jesus, o Pateo do Collegio. Inspirado no complexo arquitetônico de 1680, foi inaugurado em 1979, após 25 anos de intensa campanha para a sua reconstrução.

A igreja do Pateo passou a ter como padroeiro o Pe. José de Anchieta, cujo trabalho missionário está profundamente ligado à história da cidade de São Paulo. Beatificado em 1980, cremos que a canonização de Anchieta, segundo sinalizou o Papa Francisco, esteja, agora, próxima.

Neste ano de 2014, a Companhia de Jesus comemora os 200 anos de sua restauração, da qual o Pateo do Collegio é um símbolo desse restabelecimento no Brasil.

Ao longo dos anos, o Pateo do Collegio tornou-se referência na preservação da história da origem da cidade de São Paulo, na promoção da cultura e na afirmação da Fé Cristã em nossa sociedade, proporcionando um diálogo constante entre a história, a cultura atual e a Fé.

A preservação do Pateo do Collegio permite-nos conhecer e recordar o trabalho missionário dos primeiros jesuítas e a importância da continuação desse trabalho pelos jesuítas de hoje.

 

Equipe Pateo do Collegio

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