
O Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental (Sares) assessorou, entre os dias 9 e 12 de setembro, o I Encontro de Diálogos e Elaboração do Projeto Político Pedagógico Indígena (PPPI) dos Espaços de Estudos da Língua Materna e Conhecimentos Tradicionais Indígenas (EELMCT), realizado em Manaus (AM). Esse foi o primeiro de seis encontros que visam construir, de forma coletiva e participativa, uma política educacional voltada à valorização das línguas maternas e dos saberes tradicionais. O processo fortalece a implementação da Escola Indígena Municipal, criada pela Lei nº 2.781/2021, que reconhece oficialmente o direito à educação diferenciada.
O Encontro, organizado pela Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime), reuniu cerca de 35 mil indígenas de diferentes povos, comunidades e associações, em articulação com a Articulação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (Apiam) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). Na abertura, o diretor do Sares, Pe. Silvio Marques, SJ, ressaltou o compromisso da instituição com a justiça socioambiental, especialmente na defesa dos direitos indígenas e na valorização das mulheres. A educadora socioambiental e pedagoga Mercy Soares, que representou o Sares, contribuiu ativamente no processo de construção do PPPI. A iniciativa integra a missão da Rede Jesuíta de Justiça Socioambiental (RJSA), da qual o Sares faz parte, que atua pela garantia de direitos dos povos indígenas e pela promoção da justiça socioambiental na Amazônia.




