Um evento voltado à troca de experiências e que buscou promover o fortalecimento do trabalho em rede, assim foi o Seminário de Justiça Socioambiental e Políticas Públicas, realizado no dia 18 de setembro, no campus Unisinos São Leopoldo (RS).
O encontro foi promovido pela rede de Promoção da Justiça Socioambiental de Porto Alegre e São Leopoldo, a partir de uma comissão composta por integrantes do Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida (OLMA), do Centro de Cidadania e Ação Social (CCIAS) e do Núcleo de Fé e Alegria do Brasil, em Porto Alegre.
O coordenador do OLMA, Luiz Felipe Lacerda, explica que o seminário teve dois grandes objetivos. “O primeiro, foi aprofundar cada vez mais o conhecimento entre as obras, indo ao encontro de um movimento que a Província dos Jesuítas do Brasil – BRA vem provocando em todo o País, no sentido do trabalho em rede. O segundo objetivo foi conhecer melhor o conceito de Justiça Socioambiental e como ele se correlaciona com as políticas públicas que nós trabalhamos nas bases, seja na área de assistência social ou de educação popular”, detalhou.
“O DNA jesuíta é organizado em torno do serviço da superação das desigualdades, de ver Deus em tudo e do protagonismo dos sujeitos”
Pe. José Ivo Follmann, secretário para a Justiça Socioambiental da Província BRA
O reitor da Unisinos, padre Marcelo Aquino, salientou a importância do trabalho da ação social para a superação das adversidades, usando como mote a crise política e econômica atual do País. “Vemos a riqueza de vários componentes culturais que temos aqui nessa sala e a disposição que todos têm em fazer algo bom. A primeira palavra que quero dizer a vocês é a gente não desalentar com o Brasil. Precisamos canalizar o que temos de bom para a construção de uma casa comum melhor”, disse o jesuíta.
Os participantes foram convidados a participar de uma atividade batizada de ‘metodologia carrossel’, na qual circulavam por diversas salas para exposição do trabalho de cada centro e obra social presentes no seminário. Em seguida, todos partilharam de um almoço cultural, com refeição preparada por grupos de Economia Solidária e a apresentação de dança de um dos projetos que integram o CCIAS Unisinos.
O secretário para a Justiça Socioambiental da Província BRA, padre José Ivo Follmann, apresentou os elementos que fazem parte do conceito de Justiça Socioambiental e como ele se insere no dia a dia dos centros e obras sociais. “O DNA jesuíta é organizado em torno do serviço da superação das desigualdades, de ver Deus em tudo e do protagonismo dos sujeitos. Estamos inseridos em uma sociedade extremamente desigual e, diante disso, consideramos o conceito de Justiça Socioambiental o mais correto para retratar esse trabalho de busca pela superação dessas desigualdades. Esse encontro nos mostra que estamos participando de inserções em diferentes campos e, dessa maneira, podemos nos dar conta como somos potencializáveis quando nos conhecemos e trocamos experiências”, frisou o jesuíta.
Fonte: Assessoria de Comunicação ASAV
Fotos: Matheus Kiesling/ASAV