Serviço Jesuíta para Migrantes e Refugiados

Da esq. p/ dir., padre Agnaldo, Karin, Cleyton e Pascal

Em 2017, o processo de articulação nacional do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados – SJMR, no Brasil, deu passos importantes. O último deles aconteceu no dia 25 de novembro, com a comemoração pelos quatro anos de existência do Centro Zanmi, em Belo Horizonte (MG). Na ocasião, foi oficializada a passagem para a nova fase do centro que, agora, passa a fazer parte da rede nacional do SJMR e da Rede Jesuítas com Migrantes no continente latino-americano. Nesse contexto, o Centro Zanmi passa a ser conhecido como Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados – Belo Horizonte.

Esse momento foi marcado com uma singela comemoração no Colégio Imaculada Conceição das Filhas de Jesus, grandes parceiras no projeto de Belo Horizonte, além dos Franciscanos da Província Santa Cruz e do Vicariato para a Ação Social da Arquidiocese de Belo Horizonte. Estavam presentes também vários migrantes e refugiados que já passaram pelo Centro Zanmi e continuam sendo atendidos nas diversas áreas dos serviços que são oferecidos: documental, jurídico, social, trabalho, curso de português, etc.

Aproveitando a presença dos coordenadores dos centros do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados no Brasil, Cleyton Abreu, de Boa Vista (RR), Karin Wapechowski, de Porto Alegre (RS), e Pascal Peuzè, de Belo Horizonte (MG), foi realizada a 1ª Reunião do Conselho Nacional do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados da Província dos Jesuítas do Brasil – BRA.

Segundo padre Agnaldo Júnior, diretor nacional do SJMR, o encontro “foi uma oportunidade para maior conhecimento do trabalho que está sendo desenvolvido nos três centros e também para alinhar uma linguagem e princípios comuns em nosso serviço. A formação dessa rede nacional fará surgir uma instituição forte que potencializará ainda mais nosso trabalho, possibilitará maior visibilidade e credibilidade junto aos demais parceiros dos órgãos públicos e da sociedade civil, além dos organismos internacionais que atuam nessas áreas de migração e refúgio”.

“A formação dessa rede nacional fará surgir uma instituição forte que potencializará ainda mais nosso trabalho […]”

Pe. Agnaldo Júnior

De acordo com o jesuíta, atualmente, o centro de Boa Vista demanda uma atenção especial devido ao fluxo migratório de venezuelanos e cubanos que tende a aumentar no final de ano e primeiro semestre de 2018. “Em janeiro, teremos a inauguração do escritório que estará aberto ao atendimento deles, sobretudo, nas áreas da migração laboral, educacional, regularização migratória, assessoria jurídica e da incidência”, conta.

Para 2018, padre Agnaldo afirma que espera tecer uma maior articulação dentro do OLMA (Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida) e com as demais obras da Província BRA. “Nossa intenção é nos aproximar das universidades, por meio das cátedras Sérgio Vieira de Melo e dos Institutos Humanitas, que podem dar apoio para a reflexão, pesquisa e elaboração de dados sobre o fluxo migratório no Brasil; dos colégios e das paróquias, que podem promover campanhas de sensibilização e desconstrução dos mitos entorno das pessoas migrantes e refugiadas, no combate a xenofobia e outros tipos de violências e abusos que essas pessoas padecem; do Programa MAGIS Brasil, com o envio de voluntários de média e longa duração para os centros; além da espiritualidade e da CVX (Comunidade de Vida Cristã), que também podem estabelecer algum contato com a missão do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados”, finaliza o jesuíta.

 

Fonte: Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados – SJMR Belo Horizonte

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