Pe. Ignácio Suñol
O 44º Congresso Internacional de Fé e Alegria teve início na noite desta segunda-feira, dia 28, em São Paulo. Com o tema “Educação Inclusiva na Missão de Fé e Alegria”, o evento volta ao Brasil depois da 38º edição, em 2007. Participaram da abertura diretores de Fé e Alegria de 21 países, o presidente internacional de Fé e Alegria, Pe. Ignácio Suñol, o presidente de Fé e Alegria Brasil, Pe. Álvaro Negromonte, o Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, Pe. Alfonso Carlos Palacio e os superiores das Províncias BRC, BRM, BNE e BAM, além de educadores, educandos de Fé e Alegria.
O ato inaugural do Congresso foi realizado na Paróquia São Luís Gonzaga, com uma celebração presidida pelo bispo emérito de Blumenau (SC) Dom Angélico Sândalo Bernardino, que recebeu um grande número de pessoas. Logo após todos os presentes foram até o Centro de Eventos São Luís, onde os representares de todas as delegações realizaram o desfile das bandeiras. Pe. Carlos Palacio abriu o evento com um discurso sobre o tema do Congresso. “Nossa sociedade é construída pela desigualdade social, que afeta todos os setores, não só a educação. E atinge, principalmente, a parcela mais frágil da população. Como é possível transformar as pessoas para serem capazes de atuar nas comunidades sem omissão? Essa é uma das principais perguntas que devem ser respondidas. Educar é mais que uma profissão, é uma vocação”, afirmou.
Em seguida o provincial da BRC, Pe. Mieczyslaw Smyda, falou sobre os frutos que devem ser colhidos no Congresso. “O trabalho em rede, com planejamento estratégico e com uma perspectiva pedagógica libertadora, é fundamental para afirmar a condição das classes populares como agentes da sua própria transformação social”. Sob a mesma ótica, o Pe. Ignácio Suñol falou sobre o trabalho de Fé e Alegria. “Devemos sempre querer a justiça, a educação e o bem estar como raízes fortes em uma sociedade. As ações não podem se tratar de atos benévolos e sim de atitudes humanitárias para os grupos comunitários. A inclusão educacional é uma urgência de todos nós”, declarou.
Já o Pe. Álvaro Negromonte destacou a expectativa com o evento. “Nós queremos construir um marco referencial e teórico para que o Fé e Alegria avance. Queremos ideias inovadoras para o processo de Fé e Alegria. Queremos educadores e educadoras que sejam conscientes que podem ser afetados pela cultura de exclusão, para que a inclusão seja muito mais que uma prática, mas uma real cultura. Espero que essa base teórica possa sustentar a mudança conceitual que está enraizada na sociedade”.
No término do ato inaugural, o professor Antonio Pérez Esclarín, que atua em Fé e Alegria da Venezuela há quase 40 anos, ministrou uma conferência magna sobre os desafios da educação inclusiva na América Latina.