O Fronteiras do Pensamento, em parceria com a Unisinos, entra em sua sétima edição trazendo para Porto Alegre personalidades como o jurista timorense José Ramos-Horta (foto1), Prêmio Nobel da Paz em 1996, e a ativista africana Leymah Gbowee (foto2), Prêmio Nobel da Paz em 2011. Entre os convidados ainda figuram nomes como a escritora britânica Karen Armstrong, a líder socioambiental brasileira Marina Silva, o sociólogo espanhol Manuel Castells, o neurocientista português António Damásio, o escritor e teórico cultural ganês Kwame Anthony Appiah, o filósofo australiano Peter Singer, o historiador britânico Perry Anderson, e o neuroeconomista norte-americano Paul Zak.
Com o mote ideias fazem diferença, o Fronteiras pretende discutir causas socio-humanitárias globais através da reflexão de pensadores, cientistas e líderes vanguardistas em suas áreas de conhecimento e atuação. O curso inicia em maio e segue até novembro, em Porto Alegre. Os passaportes já estão à venda através do site ou pelo telefone (51) 3019-2326. O projeto também estreia o seu canal de vídeos na web, o fronteiras.com, democratizando o acesso ao conhecimento e revelando um acervo inédito de ideias expressas no palco do Fronteiras.
O processo de redimensionamento global, que unificou a economia, promoveu a expansão da internet e vem integrando políticas e redes de informação, acarreta inúmeras contradições ao passo que também fomenta a consideração de causas sociais e humanitárias globais, especialmente em função do significativo aumento da riqueza, simultâneo à progressiva desigualdade e às intolerâncias étnicas, culturais e religiosas. Agora, é a periferia, ou os chamados países em desenvolvimento aí incluída a América Latina que crescem mais rápido do que as tradicionais economias do Primeiro Mundo. Especialistas afirmam que ainda nesta década os Estados Unidos perderão o título de maior economia do planeta, condição ocupada pelo país durante todo o século XX.
O fato é que a internet e tudo o que cerca a revolução da informação têm tornado o mundo cada vez menos estranho: nós hoje sabemos mais sobre o que ocorre em qualquer parte do planeta, e este simples conhecimento faz aumentar nossa responsabilidade sobre o que se passa, mesmo em países nos quais nunca estivemos. Para Fernando Schüler, curador do Fronteiras, “o debate intelectual é crucial neste processo, inclusive quando propõe temas que são tabus — como as fronteiras da ética, a erradicação da pobreza e o engajamento em favor da tolerância cultural e religiosa. Para muitas dessas questões, não haverá, é certo, uma resposta única ou definitiva. Apenas sabemos que, cada vez mais, somos menos estrangeiros neste planeta que vai ficando pequeno”.
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