A Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos) promoverá a Semana da Consciência Negra até a próxima sexta-feira (24). A série de eventos, que começou na segunda-feira (20), dia Nacional da Consciência Negra, é organizado por um grupo de alunos do diretório do curso de Psicologia, com apoio da professora Fernanda Hampe e do Neabi (Núcleo de Estudos dos Afrodescendentes e Indígenas). Na programação há debates, palestras e momentos culturais com muita música, literatura e poesia. As atividades são abertas ao público em geral e não necessitam de inscrição prévia.
Para Fernanda, o dia da Consciência Negra serve para marcar no calendário uma demanda social, que precisa ser atendida. “É importante pensar para além dos efeitos do racismo como produtor de sofrimento psíquico, as estratégias encontradas pela população negra de enfrentamento e resistência ao branqueamento cultural imposto”, enfatiza ela, que complementa: “Precisamos urgentemente discutir as relações raciais cotidianamente nos espaços acadêmicos”.
Na opinião do professor Jorge Teixeira, membro do Neabi, a data é um deslocamento do 13 de maio. “O dia 20 de novembro dá protagonismo para o negro, retira o ideal de liberdade da princesa Isabel e entrega à resistência negra. Hoje, essa data possibilita uma reflexão nacional, tirando de debaixo do tapete as questões do racismo e possibilitando discutir o que acontece com o povo negro no Brasil e no mundo”, destaca.
Em 2015, mais um passo foi dado na conquista dos direitos pelo povo negro. Foi criada, pela ONU (Organização das Nações Unidas), a Década Internacional dos Afrodescendentes, envolvendo a temática do reconhecimento, da justiça e do desenvolvimento.
Fonte: Unisinos (Porto Alegre/RS)