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Santo Alberto Hurtado, a Cruz de Xavier e o que nos pedem os tempos atuais

Hoje, 18.08, celebramos, como Igreja Católica e como Companhia de Jesus, a Santo Alberto Hurtado, um santo jesuíta chileno, um santo latino, um santo contemporâneo. Uma consigna que o Pe. Hurtado cunhou e serviu de carisma para seu Projeto de Vida Consagrada aos pobres foi “Contente, Senhor, contente”.

Rezo essa consigna e vejo que ela é boa no início, no meio e no fim. No início e no final dela estão o contentamento, indicando que de duas formas esse sentimento pode nos ajudar a mais amar e servir hoje: primeiro, há o contentamento como realidade vital e, por fim, há o contentamento como esperança que insiste em não morrer.
“Contente, Senhor, Contente.”

Como realidade concreta, o contentamento nos impulsiona a viver o nosso Tempo Comum sem os grandes arroubos de êxtases e sem quedas abissais na melancolia. Como esperança imorredoura, o contentamento nos aponta horizontes que de outro modo não enxergaríamos, senão iluminados pelo Espírito.
“Contente, Senhor, Contente.”

Estar contente, apenas contente, é abraçar o “In medio virtus”, a virtude que nos está esperando no meio, longe de nossos picos e precipícios, no equilíbrio da nossa luta interna entre os sentimentos extremos, quer seja para a auto-exaltação quer seja para auto-sabotagem, ambos nocivos ao bem maior, que vez por outra nos querem dominar para o mesmo fim: não sairmos de nosso próprio amor, querer e interesse.
“Contente, Senhor, Contente.”

E, justo em meio a esses dois contentamentos, na consigna de Santo Hurtado do Chile, está o Senhor, Jesus Nazareno… “Contente, Senhor, Contente.” Yahweh, Alpha e Ômega, início e fim, nos dá Seu Filho, Ieshua, pelo Espirito Santo, Ruah, e o coloca, Encarnado, no meio de nós para que em nossos princípios e términos, Jesus seja sempre o Fundamento.
“Contente, Senhor, Contente.”

Na Capela de Xavier, em Navarra-Espanha, tantas vezes rezou São Francisco Xavier em frente ao “Cristo do Sorriso”, que, sorrindo um sorriso de contentamento pela missão enfim cumprida, faz da Cruz seu altar, imolando-se para dar vida em abundância a todos no mundo por toda a eternidade.
“Contente, Senhor, Contente.”

Que o sorriso de contentamento do Cristo na Cruz em Xavier, que a consigna de contentamento no Senhor de Santo Alberto Hurtado e que nossa atitude espiritual discernida em uma vida deliberadamente vivida de contentamento em contentamento, de consolação em consolação, sejam nossa marca na história e nas relações que ainda estamos por construir hoje e amanhã.
“Contente, Senhor, Contente.”
Amém.
a.m.D.g.
Ir. Epifanio B. Lima, SJ.

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