No dia 23 de junho, a CPAL (Conferência dos Provinciais Jesuítas da América Latina e Caribe) publicou uma nota condenando a espionagem governamental do governo mexicano, realizada contra integrantes do Centro de Direitos Humanos Miguel Agustín Pro Juárez (Centro Prodh), centro social jesuíta.
A denúncia foi feita pelo jornal americano The New York Times, que divulgou que ao menos 12 pessoas entre jornalistas, defensores de direitos humanos e ativistas contra a corrupção foram atingidos pelo software de espionagem Pegasus, adquirido pelo governo mexicano em meio a uma crise de direitos humanos caracterizada, entre outros fenômenos, por impunes ataques a setores sociais, indispensáveis para a vida democrática de um país. O uso do software, reportou o jornal, pode ter custado cerca de 80 milhões de dólares.
Entre os objetivos da espionagem estão integrantes do Centro de Direitos Humanos Miguel Agustín Pro Juárez, obra social da Província Mexicana da Companhia de Jesus, que representa as vítimas de casos emblemáticos como o desaparecimento forçado dos 43 secundaristas de Ayotzinapa, as execuções arbitrárias em Tlatlaya e as sobreviventes de tortura sexual em Atenco.
Estes fatos são graves, pois o software, teoricamente, só deveria ser usado para obter informação de pessoas pertencentes ao crime organizado ou a organizações terroristas e não de pessoas e organizações que são incômodas ao governo. A Rede de Centros Sociais dos jesuítas na América Latina exige que se investigue e puna a espionagem ao Centro Prodh. A CPAL apoia os jesuítas do México.
Clique aqui para acessar na íntegra a nota da CPAL.
Veja também a nota de solidariedade da Rede de Centros Sociais jesuítas na América Latina.
Confira a reportagem do jornal americano The New York Times.
Fonte: CPAL e IHU Unisinos