O Serviço Jesuíta de Apoio a Migrantes e Refugiados de Boa Vista (SJMR) promoveu, nos meses de novembro e dezembro, uma série de ações para marcar a campanha mundial 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. As atividades contaram com a distribuição gratuita de violentômetros, adesivos e máscaras protetoras. Cerca de 200 pessoas aderiram a iniciativa, que aconteceu em diferentes pontos da capital do Estado de Roraima.
No município também foram realizados cursos de capacitação, incluindo uma formação para a rede local de assistência social e de segurança pública, que teve como foco fornecer capacitação sobre violência baseada em gênero, Lei Maria da Penha e atendimento humanitário em nível local. As formações foram realizadas por meio da parceria entre o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR ), o Serviço Jesuíta de Apoio a Migrantes e Refugiados (SJMR), o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), e a Casa da Mulher Brasileira de Roraima.
A campanha
Os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres é uma iniciativa da sociedade civil apoiada globalmente pelas Nações Unidas. A mobilização é anual e, geralmente, começa no dia 25 de novembro, Dia Internacional pela eliminação da violência contra as mulheres, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. No Brasil, a campanha foi um pouco mais extensa, abrangendo o período de 20 de novembro a 10 de dezembro.
Este ano, a ONU Brasil deu visibilidade às mulheres e meninas que enfrentaram a violência antes e durante a pandemia com o lançamento da campanha nacional Onde Você Está que Não me Vê?, com o conceito Somos Nossa Existência. A campanha foi inspirada na canção O que se Cala, composição de Douglas Germano e interpretação de Elza Soares.
Muitos alertas apontavam que, por trás da emergência sanitária trazida pela covid-19, estava se agravando uma antiga e silenciosa pandemia: a violência contra mulheres. Foi neste contexto que as instituições públicas e privadas, organizações da sociedade civil, movimento de mulheres, academia, mídia, pessoas comuns, se mobilizaram para compreender profundamente o fenômeno e, por sua vez, agir estrategicamente para prevenir a violência contra as mulheres.
* Texto com informações do SJMR Brasil