Sensibilizar e proporcionar uma reflexão da sociedade sobre o trabalho infantil, na ênfase dos direitos das crianças e dos adolescentes, é o objetivo do Dia Mundial contra a Trabalho Infantil. Celebrado em 12 de junho, a data foi instituída pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), desde 2002. No Brasil, o dia é celebrado pela Lei Nº 11.542/2007.
Em apoio a toda causa e movimento de proteção e direito à infância, o Centro Alternativo de Cultura (CAC), obra da Companhia de Jesus na Amazônia, luta pelo fortalecimento e pelo empoderamento das falas das crianças e dos adolescentes, bem como a presença e o reconhecimento delas nos espaços que, efetivamente, contribuem para o seu desenvolvimento sadio. Por isso, junto com outros parceiros, o CAC realizou a ação Ovaite Trabalho Infantil, na Orla do Tucunduba, no bairro periférico Terra Firme, em Belém (PA).
De acordo com Suelem Velasco, colaboradora do CAC, a palavra ovaite “é uma gíria paraense que as crianças e adolescentes gritam quando a pipa está caindo, depois de ter sido cortada no laço. Significa que perdeu a pipa para outra pessoa”. Neste caso, o ato simbólico foi um pipaço que trazia o recado de várias crianças e adolescentes para a sociedade dizendo: Não ao Trabalho Infantil!
Ainda, segundo Velasco “a pipa na periferia é mais que um adereço de lazer, é uma paixão no verão. Nesses territórios onde as opções de lazer são muito precárias, ela também serviu para reafirmar o direito à infância.”
Os participantes eram do próprio bairro, de dois times de futebol local, e algumas crianças indígenas venezuelanas da etnia Warao. As crianças e adolescentes ganharam pipas, lanches e kits educativos do CAC, além de participarem de uma roda de conversa sobre seus direitos e sobre as consequências do trabalho infantil.
O evento foi organizado por uma rede de parceria entre: Chalé da Paz, Coletivo Tela Firme, Centro Alternativo de Cultura (CAC), Comunidade São Guido, Campanha Terra Solidária, Juventude Esporte Clube, time de futebol Estrela e Movimento de Emaús. Também participaram a Fundação Papa João XXIII (FUNPAPA) e a Secretaria Municipal de Direitos Humanos de Belém.
Fonte: Centro Alternativo de Cultura (CAC)