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Estamos chegando do funda da terra,

estamos chegando do ventre da noite,

da carne do açoite nós somos,

viemos lembrar.

 

Estamos chegando da morte dos mares,

estamos chegando dos turvos porões,

herdeiros do banzo nós somos,

viemos chorar.

Estamos chegando dos pretos rosários,

estamos chegando dos nossos terreiros,

dos santos malditos nós somos,

viemos rezar.

 

Estamos chegando do chão da oficina,

estamos chegando do som e das formas,

da arte negada que somos,

viemos criar.

 

Estamos chegando do fundo do medo,

estamos chegando das surdas correntes,

um longo lamento nós somos,

viemos louvar.

A de ó

 

Estamos chegando dos rios fogões,

estamos chegando dos pobres bordéis,

da carne vendida que somos,

viemos amar

 

Estamos chegando das velhas senzalas,

estamos chegando das novas favelas,

das margens do mundo nós somos,

viemos dançar.

 

Estamos chegando dos grandes estádios,

estamos chegando da escola de samba,

sambando a revolta chegamos,

viemos gingar.

A de ó

 

Estamos chegando do ventre de Minas,

estamos chegando dos tristes mocambos,

dos gritos calados nós somos,

viemos cobrar.

 

Estamos chegando da cruz dos engenhos,

estamos sangrando a cruz do batismo,

marcados a ferro nós fomos,

viemos gritar.

 

Estamos chegando do alto dos morros,

estamos chegando da lei da baixada,

das covas sem nome chegamos,

viemos clamar.

 

Estamos chegamos do chão dos quilombos,

estamos chegando no som dos tambores,

dos Novos Palmares nós somos,

viemos lutar.

 

A de ó

Se você vier me perguntar por onde andei

No tempo em que você sonhava

De olhos abertos, lhe direi

Amigo, eu me desesperava

Sei que assim falando pensas

Que esse desespero é moda em 76

Mas ando mesmo descontente

Desesperadamente, eu grito em português

Mas ando mesmo descontente

Desesperadamente, eu grito em português

 

Tenho vinte e cinco anos

De sonho e de sangue

E de América do Sul

Por força deste destino

Um tango argentino

Me vai bem melhor que um blues

Sei que assim falando pensas

Que esse desespero é moda em 76

E eu quero é que esse canto torto

Feito faca, corte a carne de vocês

E eu quero é que esse canto torto

 

Feito faca, corte a carne de vocês

Minha vida é andar por este país

Pra ver se um dia descanso feliz

Guardando as recordações

Das terras onde passei

Andando pelos sertões

E dos amigos que lá deixei

 

Chuva e sol

Poeira e carvão

Longe de casa

Sigo o roteiro

Mais uma estação

E a alegria no coração

Minha vida é andar por esse país

Pra ver se um dia descanso feliz

Guardando as recordações

Das terras onde passei

Andando pelos sertões

E dos amigos que lá deixei

 

Mar e terra

Inverno e verão

Mostro o sorriso

Mostro a alegria

Mas eu mesmo não

E a saudade no coração

Amarte a ti señor en todas las cosas Y a todas en ti.

En todo amar y servir, em todo amar y servir.

 

Tu amor me ha dado vida, tu amor me ha dado ser.

De ti me viene todo y a ti debe volver.

Gustoso, pues, te ofrezco mi haber, mi poseer,

Tu amor y gracia dame, de más no es menester.

 

 

Presente en las criaturas y activo en todo estás,

En mí, como en un templo, te dignas a habitar.

De ti bondad y gracia me llueven sin cesar,

 

Mi oficio ya no es otro sino servir y amar

Tudo que move é sagrado

E remove as montanhas

Com todo cuidado, meu amor

Enquanto a chama arder

Todo dia te ver passar

Tudo viver ao teu lado

Com o arco da promessa

No azul pintado pra durar

Abelha fazendo mel

Vale o tempo que não voou

A estrela caiu do céu

O pedido que se pensou

O destino que se cumpriu

De sentir teu calor

E ser todo

Todo dia é de viver

Para ser o que for

E ser tudo

 

Sim, todo amor é sagrado

E o fruto do trabalho

É mais que sagrado, meu amor

A massa que faz o pão

Vale a luz do teu suor

Lembra que o sono é sagrado

E alimenta de horizontes

O tempo acordado de viver

No inverno te proteger

No verão sair pra pescar

No outono te conhecer

Primavera poder gostar

No estio me derreter

Pra na chuva dançar

E andar junto

O destino que se cumpriu

De sentir teu calor

 

E ser tudo

Debulhar o trigo

Recolher cada bago de trigo

Forjar do trigo

O milagre do pão

E se fartar de pão

 

Decepar a cana

Recolher a garapa da cana

Roubar da cana

A doçura do mel

E se lambuzar de mel

 

Afagar a terra

Conhecer os desejos da terra

Cio da terra, propicia estação

 

E fecundar o chão

Com… Com… Com você…

 

Conhecer, converter, contemplar Teu ser

Convidar, congregar, começar a amar

 

Companheiros de Jesus. Companhia de amor

Como amigos no Senhor

 

 

Com… Com… Com você…

Companheiros que entre os povos

Teu nome a divulgar.

Têm de Cristo a companhia,

força a lhes confirmar.

 

Nas lutas, vitórias, garantia de um bem maior.

Em tudo o Reino seu para a glória maior de Deus

Nada querer, nada desejar,

Senão em Deus sua esperança total,

e nele somente esperar.

 

Sem sandálias, sem alforje, sem lugar onde ficar.

Deus em tudo recompensa.

 

E n’Ele somente esperar.

Se o mundo traz lindas surpresas

Se Deus olha e vê mais beleza,

Lembra: Cuida e reverencia.

Eu te farei companhia.

 

Se a vida também é tropeço

Se o apego apaga o endereço,

Lembra: O amor perdoa e recria.

Eu te farei companhia.

 

Se queres viver todo inteiro

Se o Reino é teu Sonho primeiro,

Lembra: Segue-me, sou mais que um guia.

Eu te farei companhia.

 

Se entregas teus dons e talentos,

Se aprendes a ser alimento

Lembra: És como luz que irradia.

Eu te farei companhia.

 

Se os homens rejeitam a entrega,

Se a morte a Vida renega,

Lembra: A cruz é dom que anuncia,

Eu te farei companhia.

 

Se vês em minha marca um segredo

Se juntos destrói-se o medo

Lembra: Não estás só nem um dia.

Eu te farei companhia.

Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar

Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão

Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar

 

Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar

E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo

Estava fora do lugar, eu vivo pra consertar

 

Na boiada já fui boi, mas um dia me montei

Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse

Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade

Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu

 

Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte

Muito gado, muita gente, pela vida segurei

Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei

 

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo

E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando

As visões se clareando, até que um dia acordei

 

Então não pude seguir valente lugar-tenente

E dono de gado e gente, porque gado a gente marca

Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente

 

Se você não concordar, não posso me desculpar

Não canto pra enganar, vou pegar minha viola

Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar

 

Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei

Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse

Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu

Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que eu

 

Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo

Já que um dia montei agora sou cavaleiro

 

Laço firme e braço forte num reino que não tem rei

Em todas as coisas amar, aos irmãos e a Deus servir.

Em tudo amar e servir! Em tudo amar e servir!

 

Companheiros unidos, em favor da Missão,

Promovendo a justiça, na fé

Por um mundo mais irmão.

Promovendo a justiça, na fé

Por um mundo mais irmão.

 

No serviço do Reino sempre brota um clamor:

O que fiz? O que faço? O que farei por ti, Senhor?

O que fiz? O que faço? O que farei por ti, Senhor?

 

Na contemplação para o amor alcançar.

Amor verdadeiro consiste

Em mais obras que muito falar.

Amor verdadeiro consiste

Em mais obras que muito falar.

 

O que tenho e possuo, o louvor, meu cantar.

Maior glória de Deus, meu sentir e lutar

Meu fazer e amar.

Maior glória de Deus, meu sentir e lutar

Meu fazer e amar.

 

Peço à Virgem Senhora força, graça e luz.

Pra servir à Igreja assumindo

o caminho do Cristo Jesus.

Pra servir à Igreja assumindo

O caminho do Cristo Jesus

Missionário incansável, padre, amigo e irmão,

Homem forte e valente, todo entregue à missão!

Das Canárias ao Brasil há uma voz que se levanta:

São José de Anchieta, tua vida nos encanta!

 

Anchieta, santo, missionário e intercessor!

Vem nos ajudar a bem servir ao reino do Senhor! (Bis)

 

A maior glória de Deus, a glória maior do povo!

Literato e poeta, profeta de um mundo novo

Da Bahia à São Paulo há uma voz que nos encanta

São José de Anchieta, tua arte nos encanta

 

De cidades, fundador; toda a vida um louvor!

És um exemplo de luta, com as armas do amor.

Do Espírito Santo ao Rio há uma voz que se levanta:

São José de Anchieta, tua força nos encanta!

 

Defensor do oprimido, dos pequenos e dos pobres:

Índios, crianças e negros, preferência mais que nobre.

Das matas, ruas e tribos há uma voz que se levanta:

São José de Anchieta, teu amor nos encanta!

 

Companheiro de Jesus, devoto da Mãe Maria

Boa nova a tua vida, servindo com alegria.

Do ventre da terra mãe há uma voz que se levanta: 

 

São José de Anchieta, testemunho que encanta!

Inácio, pai, amigo e companheiro

Vê teu povo, o mundo inteiro, lá estão os teus irmãos.

Nós queremos anunciar o Evangelho,

Ser contigo sal, fermento, luz de Deus na escuridão.

 

A maior glória de Deus (bis)

Teu lema é nosso bem viver, lá, lá, ia…

Nossa vida e missão,

longe e perto neste chão em tudo amar e servir.

 

Inácio, mestre e guia interior

Teu é o nosso proceder: lei interna do amor.

Nossa entrega há de ser o seguimento,

Anunciando um novo tempo de justiça, paz e amor.

 

Inácio, peregrino com ardor

Tua vida foi buscar a vontade do Senhor.

Seguiremos Jesus Cristo do teu modo,

 

Procurando ser no mundo generoso e servidor.

Eles enfrentaram o mar sem medo

Ousaram ir onde ninguém ia

Para contar o que acontecera

A salvação já amanheceu.

Eles mergulharam em tantos povos

Se misturaram a tanta gente

E descobriram que ali estava

O Criador, Pai de toda raça.

 

Serviço: Inácio, Nóbrega e Anchieta,

Profetas: Ellacuría, Vicente e Pró

Presença: Vieira, Hurtado e Burnier

Amigos: no Senhor, a mínima Companhia.

 

Eles desejavam servir ao Cristo

E o seu reinado aqui na terra.

Ergueram templos e até cidades

Formaram gente para o amor.

Quem podia crer que isso era possível?

No raiar de um povo ser uma ajuda,

Além dos erros, coração sincero,

Oferta pobre, generoso dom.

 

Construir agora um novo continente

Ideal antigo, ideal perene.

A fé é princípio e o amor fundamento

A justiça é guia; esperança é luz.

Logo as fronteiras não farão sentido

Povos peregrinos vão ganhar o mundo.

Já agora a voz de novos profetas,

 

Vão vencer a morte, consolar a dor.

A garça namoradeira

Namora o malandro urubu

Eles passam a tarde inteira

Causando o maior rebu

Na doca do Ver-o-Peso

No meio do Pitiú (5x)

 

Eu fui cantar carimbó

Lá no Ver-o-Peso

Urubu sobrevoando

Eu logo pude prever

Parece que vai chover

Parece que vai chover

Depois que a chuva passar

Vou cantar carimbó pra você

No meio do Pitiú, no meio do Pitiú (4x)

 

 

Urubu malandro

Foi passear lá no Marajó

Comeu de tudo

Mas vivia numa tristeza só

Urubu lhe perguntou

O que se passa, compadre?

Tô com saudade da minha branca

Do Ver-o-Peso, da sacanagem

Lá eu sou pop star

No meio da malandragem

Fico bem na foto

 

Na entrevista e na reportagem

O saber-se jesuíta é saber-se pecador

Assumido em sua fraqueza por bondade do Senhor

Enviado aos mais pobres como servo por amor,

Enviado aos mais pobres como servo por amor.

 

Deus amou tanto o mundo em sua contemplação

Viu gente chorando e rindo, uns doentes outros sãos.

Associou-nos eu seu filho pra anunciar libertação.

Associou-nos eu seu filho pra anunciar libertação.

 

A maior, a maior Glória de Deus (Bis)

A maior, a maior Glória de Deus (Bis)

 

Na pobreza, companheiros, discernindo no Senhor. 

Tem razão nossa esperança de vencer o opressor.

Nossa fé grita justiça, e a justiça grita amor.

Nossa fé grita justiça, e a justiça grita amor.

 

Companheiros de Jesus somente por sua graça.

Aquele que o abraça não temerá sua cruz.

Tomando o que mais conduz para que o Reino nasça.

Tomando o que mais conduz para que o Reino nasça. 

Dá-nos Senhor a graça que nos vem de ti

E que possamos em tudo amar e servir (bis)

Cada intenção, cada ação e toda operação

Seja ordenada a louvar e a servir. A Ti, Deus de amor.

Que fiz? Que faço? Que farei por ti, Senhor? (Bis)

 

Unidos sob a cruz, abraços com a missão.

Construindo o humano mais divino, mais irmão.

Construindo o humano mais divino, mais irmão.

 

Companheiros de Jesus, amigos no Senhor.

Proclamando a justiça, generosos, com ardor.

Proclamando a justiça, generosos, com ardor.

 

Tomando o que conduz, na estrada caminhai.

Seguindo a Jesus, como Inácio para o Pai.

Seguindo a Jesus, como Inácio para o Pai.

 

No serviço à Igreja, obedientes à missão.

Unidos como corpo, discernindo em Comunhão.

 

Unidos como corpo, discernindo em Comunhão.

Peregrino de mim, sem poder caminhar

No desejo de ser melhor.

Entre tanto tropeço sempre um novo começo

volto ao mundo pra transformar

 

Vem, senhora da estrada, vou sem hora marcada

Pés no chão, buscando o céu

Vem, senhora da estrada vou sem hora marcada

Com a fé vou caminhar, vou sem medo andar, andar

 

Ser do pão o fermento pra fazer alimento

Tenho a vida como oração

Percorrer velhos mundos apontar novos rumos

da unidade sou porta voz

 

Abrir mão do meu chão pra buscar horizontes

Vejo o mundo com novo olhar

Passos dados no chão, chão marcado de fé

 

O destino é pra onde eu vou

Somos, Senhor, teus companheiros

Que hoje vimos te adorar.

E como Santo Inácio outrora, nos dispomos a te servir.

 

Cremos, Senhor, que em teu amor

Juntos podemos responder

Com coragem à missão, que é o serviço da fé

E o lutar por um mundo Justo e irmão.

 

Vendo o teu povo oprimido pela violência do poder,

Faz-nos ser pela fé em teu Filho Jesus,

Solidários com o irmão que não tem voz.

 

Hoje queremos te pedir humildemente o teu perdão.

Muitas vezes, Senhor, nós não fomos fiéis

em cumprir com coragem a missão.

Ando devagar porque já tive pressa

E levo esse sorriso porque já chorei demais

Hoje me sinto mais forte mais feliz, quem sabe

Só levo a certeza de que muito pouco sei

Ou nada sei

 

Conhecer as manhas e as manhãs

O sabor das massas e das maçãs

É preciso amor pra poder pulsar

É preciso paz pra poder sorrir

É preciso a chuva para florir

 

Penso que cumprir a vida seja simplesmente

Compreender a marcha e ir tocando em frente

Como um velho boiadeiro levando a boiada

Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou

Estrada eu sou (ref)

 

Todo mundo ama um dia todo mundo chora

Um dia a gente chega e no outro vai embora

Cada um de nós compõe a sua história

E cada ser em si carrega o dom de ser capaz

 

De ser feliz (ref)

Tomai Senhor, e recebei,

Toda a minha liberdade,

A minha memória também;

O meu entendimento.

E toda a minha vontade.

Tudo o que tenho e possuo

Vós me destes com amor.

Todos os dons que me destes,

Com gratidão vos devolvo.

Disponde deles Senhor,

Segundo a Vossa vontade.

Dai-me somente

O Vosso amor, Vossa graça.

 

Isto me basta, nada mais quero pedir.

Vamos Companhia, livre, peregrina

É tempo de renovar

O Cristo que mudou o mundo

É quem vai nos enviar

 

Inácio foi capaz, eu posso também

Aprender, me transformar

O Santo que serviu o mundo

Sempre tem o que ensinar

 

Entregando tudo, com fé e compaixão

Um amor que é sem fronteiras

Semear o Reino de justiça e Paz

Carregando essa bandeira

           

Tudo novo em Cristo

No coração do mundo

Pra que todos tenham voz                        

Vendo novos rumos

Criando novas pontes

 

Ele vai com todos nós

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