A Unisinos recebeu a certificação ARCU-SUL para o curso de Arquitetura e Urbanismo. O sistema assegura a qualidade dos cursos de graduação do Mercosul e a implantação contribui para desenvolver as capacidades institucionais de cada país em avaliar a educação superior de qualidade. O que isso significa? “Esse é o primeiro passo na nossa construção da possibilidade da dupla titulação, maior integração entre as diferentes universidades da região”, diz o coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo, Adalberto Heck.
Chegar até a publicação da certificação foi um processo longo que envolveu toda a universidade. Em 2009, a Unisinos aderiu ao processo de acreditação. No mesmo ano, a coordenação foi a Brasília participar de uma formação concedida pelo MEC e voltou com uma missão: preencher o formulário e construir um relatório sobre o curso. A dimensão da análise feita pelo ministério da educação levou em conta o histórico institucional da universidade, o projeto político-pedagógico do curso, os recursos humanos que fazem parte do curso e a estrutura física.
Em 2012, o Inep retomou o projeto e o relatório foi atualizado. “Formamos uma comissão com alunos, funcionários e professores. Contamos com o apoio de toda a universidade. Em 2011, durante uma semana, recebemos uma comissão do sistema ARCU-SUL, formada por professores do Chile, Argentina e Brasil. Nesse período, eles comprovaram todas as informações que divulgamos”, contou Heck. O grupo de professores acompanhou aulas, conversou com a comissão, como cada um dos professores, com a coordenação do curso, alunos e funcionários. Finalmente, o histórico da Unisinos foi aprovado, em março, na reunião interministerial das Américas.
No Brasil, apenas oito instituições foram acreditadas pelo sistema ARCU-SUL em relação ao curso de arquitetura. No Mercosul são 25 no total. A ideia é que, em médio e longo prazo, os alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo possam participar de atividades curriculares em países do Mercosul e, assim, receber, ao final do curso, dupla titulação. “A certificação nos coloca num grupo que está reconstruindo os currículos na área. O projeto é ainda embrionário, mas possível. E tudo começa com a mobilidade discente e docente”, apontou o professor.
Fonte: Unisinos