Falar sobre bullying é uma atitude obrigatória e também corajosa, que reconhece e expõe a violência que está presente não somente nas escolas – um dos locais em que crianças e jovens constroem suas identidades –, mas em vários ambientes. Educar para conviver com as diferenças e para combater a discriminação e a violência é um desafio. Em abril, o Colégio Loyola promoveu uma série de ações que simbolizam os esforços da escola para ajudar a enfrentar a questão.
Os alunos do 1º, 2º e 3º Anos do Ensino Fundamental, por exemplo, participaram de atividades em sala de aula e de uma ‘vacinação simulada’ contra o bullying. Nas outras séries do Ensino Fundamental e Médio, representantes de turma entregaram o material educativo da campanha (cartilhas e bottons), além disso, os estudantes realizaram um recreio cultural pela paz e os professores trataram o tema de forma transversal nas turmas.
O Núcleo de Educação para a Paz do Loyola, coordenado pela psicóloga Isabel Santana Brochado, foi quem organizou as atividades. O Núcleo promove a Cultura de Paz de acordo com os preceitos da ONU (Organização das Nações Unidas) e usa Círculos Restaurativos – espaços de diálogos e resolução não violenta de conflitos, permitindo a participação de qualquer pessoa envolvida – para solucionar embates e reconstruir relações. “Sempre que há um caso de bullying na escola, o agressor e a vítima devem chamar duas outras pessoas para um debate. Ao longo de pouco mais de dois anos, 80 círculos foram realizados, e os resultados foram muito satisfatórios”, conta Isabel.
O evento foi notícia em vários jornais de Belo Horizonte como o Estado de Minas, o Jornal O Tempo, a TV Brasil, a Rede Minas e a Rádio Itatiaia. Assista a cobertura televisiva:
Sobre o bullying
O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Entretanto, a ausência do vocábulo correspondente em português não impede de compreender seu significado: ameaça, opressão, intimidação e humilhação, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. Embora exista há muito tempo (talvez desde sempre), o bullying só foi classificado recentemente, passando a ser discutido de forma sistematizada por pesquisadores, educadores e famílias.
Fonte: Colégio Loyola (Belo Horizonte/MG)