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Missões jesuíticas unem Argentina, Brasil e Paraguai

Em março, um encontro bilateral dos governos estaduais do Rio Grande do Sul (Brasil) e Misiones (Argentina) ratificou o compromisso de retomar o caminho dos 30 povos jesuíticos da região para transformá-lo em um corredor turístico único, em seu tipo, no mundo.

 O secretário de Cultura e Turismo do Rio Grande do Sul, Víctor Hugo Álvez, declarou que: “para nós há muitos interesses em comum e o desafio é que trabalhemos juntos o corredor da Rota Jesuítica: Brasil, Argentina, Paraguai. Vamos pedir ao governo brasileiro que invista nesse corredor integrado das missões”.

O secretário de governança de Itapúa (Paraguai), Marcos Gabriel, afirmou que “temos uma raiz comum, que são os guaranis e os jesuítas. Daí a importância de apoiarmos um projeto para revalorizar e gerar uma marca única no terreno das rotas jesuíticas da América”.

 

As Reduções Jesuíticas

Por quase 160 anos, entre 1609 e 1768, os jesuítas fundaram 30 cidadelas igualitárias em um território habitado pelo povo guarani, hoje dividido entre Argentina, Paraguai, Brasil e Bolívia. Nenhum índio era forçado a aderir às missões — mas se quisesse viver em uma missão, teria que se converter ao cristianismo e abdicar de alguns costumes tradicionais, como a poligamia.

Houve missões onde viveram até 8 mil guaranis, tutelados por apenas três padres jesuítas. Os índios também exerciam cargos administrativos e eram treinados para serem músicos e escultores. As missões começaram a ruir em 1750 no atual lado brasileiro, quando o Tratado de Madri (pelo qual os portugueses trocaram sua Colônia do Sacramento por terras no atual Rio Grande do Sul) determinou que padres e guaranis atravessassem para o lado de lá do rio Uruguai. O fim oficial veio em 1767, quando a Coroa espanhola expulsou os jesuítas de todos os seus domínios. As cidadelas acabaram abandonadas e pouco a pouco dilapidadas.

 

Fontes: OMPRESS-PARAGUAY/ www.viajenaviagem.com

Foto: Reprodução

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