Por meio do Projeto Sobreviventes, estudantes do 9º ano do Colégio São Luís, de São Paulo (SP), tiveram a oportunidade de ouvir o relato de duas pessoas que enfrentaram experiências extremas de violência e privação de direitos em períodos e locais distintos da história.
Maurice Politi foi preso político durante o Regime Militar no Brasil e hoje é diretor do Núcleo de Preservação da Memória Política. “Quem participou da resistência não é herói nem vilão”, disse aos alunos. “São pessoas cujas histórias merecem ser reconhecidas para que nunca mais se repitam.”
Nanette Konig ficou conhecida por ser ter sido uma das amigas da escritora judia Anne Frank, com quem estudou na escola em Amsterdã (Holanda). Ela contou que, depois do dia em que sua família foi tirada de casa e transportada em vagões de gado para campos de concentração, cada parente teve um destino nas mãos dos nazistas, mas apenas ela resistiria. “Quase enlouqueci quando percebi que ninguém sobreviveu”, disse.
Em comum, os dois depoimentos deram vida ao conteúdo dos livros e criaram encontros entre gerações. O objetivo dos palestrantes era o mesmo: aumentar a consciência dos jovens sobre a história, a fim de que crimes contra a humanidade não voltem a acontecer.
As partilhas foram propostas pelos professores de Ensino Religioso, História, Geografia e Português e viabilizadas pela área de Humanística da escola. Por terem em comum o tema dos Direitos Humanos, inter-relacionados com diversas questões atuais, a atividade também integrou-se aos temas transversais do Projeto de Vida estabelecido pelo Colégio São Luís. A ideia é valorizar e entender a potência da trajetória de cada indivíduo, desenvolvendo estratégias para lidar com as questões que envolvem os diferentes grupos de estudantes e, ao mesmo tempo, melhorar ainda mais a convivência no espaço escolar.
Fonte: Colégio São Luís (São Paulo/SP)