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Jesuítas contam o sentimento de celebrar a primeira missa

Da esq. p/ dir., os padres André Luís de Araújo e Bruno Franguelli

“Quero ser um semeador de esperanças!”, afirmou o padre Bruno Franguelli ao encerrar a homilia de sua primeira missa, realizada em 23 de julho, na Paróquia Santa Rita de Cássia, em Sorocaba (SP). Recém-ordenado presbítero, ele conta que sua primeira celebração foi um momento de “ser investido com um ministério de misericórdia e cuidado”.

Na Companhia de Jesus, o jesuíta diz que São José de Anchieta sempre esteve particularmente ligado à sua história vocacional. Como padre, ele terá como primeira missão colaborar no Santuário Nacional de São José de Anchieta, no Espírito Santo. “É realmente uma graça receber como primeira missão o ofício de colaborar no santuário do padroeiro do Brasil, onde darei uma atenção especial à juventude. Sou muito grato a Deus e à Companhia por esta missão”, afirma. Aos jovens inquietos vocacionalmente, que sentem forte desejo de seguir Cristo, na Companhia de Jesus, padre Bruno faz um convite com as mesmas palavras que São José de Anchieta escreveu em uma de suas cartas aos estudantes jesuítas de Coimbra (Portugal): “encham seus alforjes de esperança e venham conosco!”.

ALEGRIA EM NOVA LIMA

Em 6 de agosto, a cidade de Nova Lima (MG) também pode encher-se de alegria com a celebração da primeira missa de André Luís de Araújo, recém-ordenado presbítero. Para o jesuíta, “foi um momento de profunda comunhão e reverência”.

Segundo padre André, recolher os anseios da assembleia reunida e apresentá-los ao Senhor o ajuda a conformar a vida para celebrar com Ele o mistério do ser cristão. “Percebemos, com alegria e esperança, que não há nenhuma situação que o Espírito do Senhor não possa tocar com seu amor, acolher e transformar. Portanto, o testemunho que advém dessa certeza move a nossa vontade a seguir na liberdade de filhos o caminho do anúncio que nos convoca e provoca a ir além… Deus age no mundo e trabalha na vida das pessoas e, nós, acompanhamos essa ação libertadora de um Pai Criador profundamente amoroso”, compartilha.

Agora, a missão do jesuíta será na Unicap (Universidade Católica de Pernambuco), no qual colaborará no curso de Letras. “Estou voltando à minha área de formação anterior: Letras Espanhol e Estudos Literários. Será uma boa oportunidade para desenvolver um diálogo que se enriquece em vários sentidos, com as comunidades locais, que são verdadeiros mosaicos de expressão artísticas e culturais”, conta.

Fazendo memória do caminho percorrido, padre André dá um conselho para os jovens que estão inquietos vocacionalmente. Para ele, é importante ser honesto consigo e com os outros, agindo com transparência e percebendo as moções do Espírito. “Colocar os meios para servir mais e melhor no mundo é um bom indício de felicidade e de vocação acertada. Não há fórmulas que garantam nada. Cada um de nós deve estar disposto a fazer seu caminho, mas o Senhor nos anima e encoraja o tempo todo, em profunda liberdade, acompanhando-nos com a sua Graça. Cabe a nós sermos sensíveis a esta presença discreta que espera muito de nós e busca traduzir na vida uma resposta generosa em vista do que vamos vivendo e assumindo na nossa história. Oração, comunhão, partilha e escuta livre e gratuita ajudam muito a viver esses momentos de inquietação inicial, sobretudo quando se está bem enraizado numa comunidade que medita e reza a vida dia a dia”, conclui o jesuíta.

UM ÚNICO CORPO APOSTÓLICO

Além de Bruno Franguelli e André Luís de Araújo, Bruno Torres também foi ordenado presbítero recentemente, mais precisamente em 12 de agosto, em Manaus (AM). Para a Companhia de Jesus, a ordenação é um momento de grande alegria. “Sempre é motivo de esperança ver jovens serem ordenados para servir como ministros da Igreja. Seguindo os passos de Inácio e os primeiros companheiros, todos vão procurando dar o melhor de si na missão de Cristo”, afirma padre Jonas Caprini, secretário para Juventude e Vocações da Província dos Jesuítas do Brasil – BRA.

Segundo o jesuíta, as ordenações são motivo de festa para a comunidade. “Nenhuma vocação nasce para si. Então, quando chega o momento da ordenação, é uma alegria para o ordenando, para sua família e para a Igreja. Por isso, a comunidade se reúne para viver esta ação de graças fazendo uma preparação espiritual. Novenas, missões e tríduos fazem parte desse momento”, explica.

“A Companhia, como corpo apostólico, se alegra e acolhe os irmãos presbíteros para somar ainda mais na missão que a Igreja nos pede. Especialmente no Brasil, com a nova Província e à luz do Plano Apostólico, o apelo de abrimos caminhos novos, chegarmos as fronteiras da sociedade, nos embala e nos encanta no serviço ministerial como consagrados para o Reino”, ressalta padre Jonas.

 

Fotos do Pe. André Araújo: Érica Augusto

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