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Desaparecimento de jesuíta na Síria

A família do padre Paolo Dall'Oglio divulgou um breve comunicado no dia 29 de julho, quando completou-se um ano do rapto do jesuíta, na Síria. “Desejamos abraçá-lo, mas também estamos prontos a chorar por ele”, afirma um dos trechos da mensagem.

O padre dedicou sua vida ao diálogo. “Ele estava totalmente sereno sobre o Mosteiro de Deir Mar Musa onde vivia, Dall'Oglio sabia o risco que corria”, disse em entrevista o presidente da Relief and Reconciliation for Syria (Assistência e Reconciliação para a Síria), Friedrich Bokern.

Em agosto de 2013, as comunidades masculinas e femininas do mosteiro, onde residia o jesuíta, fizeram dias de oração e jejum pela libertação do coirmão. Na época, o responsável pela comunidade, padre Jacques Mourad afirmou que vivia um sofrimento extremo. “Desejamos que os países ocidentais assumam uma posição ‘justa’ diante desta tremenda crise na Síria. A posição ‘justa’ significa rejeitar toda forma de violência, parar as armas, não colocar um contra o outro, defender e proteger os direitos humanos”, explicou.

No dia 31 de julho, o papa Francisco almoçou na Cúria Geral da Companhia de Jesus, por ocasião da festa de Santo Inácio de Loyola. Os sete irmãos e irmãs do jesuíta Paolo Dall'Oglio, participaram do encontro. Na ocasião, o pontífice dirigiu a eles palavras de apreço e conforto.

Padre Paolo Dall'Oglio, nasceu em Roma, em 17 de novembro de 1954.  Entrou na Companhia de Jesus em 1975, e, em 1982, conheceu o mosteiro católico siríaco Mar Musa. Em 1984, ordenou-se sacerdote do rito siríaco católico e passou a coordenar o mosteiro.

Leia a íntegra do comunicado:

Passou um ano desde as últimas notícias de nosso filho e irmão Paolo, um sacerdote, jesuíta, italiano, que desapareceu na Síria em 29 de julho de 2013. Muito, muito tempo mesmo para um lugar de guerra e sofrimento sem fim como a Síria. Pedimos aos responsáveis pelo desaparecimento de um homem bom, de um homem de fé, de um homem de paz, de ter a dignidade de nos informar sobre o seu paradeiro. Desejamos abraçá-lo, mas também estamos prontos a chorar por ele. Em 29 de julho, um ano depois de seu desparecimento, muitos vão rezar e estaremos perto dele, de todas as pessoas sequestradas, das pessoas injustamente detidas e das muitas pessoas que estão sofrendo por causa dessa guerra.

Fonte: pt.radiovaticana.va | www.crbnacional.org.br

Foto: www.portaldeangola.com

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