A corrupção na justiça afeta a coexistência pacífica e próspera entre as pessoas e as nações. Segundo a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, que aconteceu em Nova Iorque, no ano de 2004, a integridade da justiça é severamente ameaçada pelo flagelo da corrupção. Além disso, tem um impacto muito forte na vida dos mais pobres, porque reforça a desigualdade.
Para o mês de julho em O Vídeo do Papa, o Santo Padre convida todos os católicos para rezarem pelos magistrados, juízes e advogados do mundo inteiro, a fim de que possam trabalhar com integridade e respeitar a dignidade humana, sem interesses pessoais egoístas ou agendas ocultas, num contexto de transparência e imparcialidade.
Quando o contexto social é marcado pela pobreza, pela fome e pelo sofrimento, os profissionais da justiça emergem como atores indispensáveis para que estas condições não dêem lugar àquilo que o Papa denomina de “um caldo de cultivo da ilegalidade”. O valor da justiça pode garantir o correto funcionamento da vida pública.
Para Francisco, “os juízes devem seguir o exemplo de Jesus, que nunca negocia a verdade”. A justiça não pode ser simplesmente um “traje ocasional”. Dessa forma, o Papa pede especialmente que se reze para que os responsáveis pelo exercício judicial sejam capazes de trabalhar com integridade, num registro de transparência e imparcialidade.
“Dos juízes dependem decisões que influenciam os direitos e os bens das pessoas”, disse Papa Francisco. Isto acarreta uma responsabilidade muito grande, sobretudo para manter uma posição afastada do “favoritismo e das pressões que podem contaminar as suas decisões”, declarou o Pontífice.
O Pe. Frédéric Fornos, SJ, diretor internacional da Rede Mundial de Oração do Papa, que inclui o Movimento Eucarístico Juvenil, relembra as palavras do Papa na Pan America Judges Summit, ocorrida de 3 e 4 de junho de 2019: “a defesa ou priorização dos direitos sociais sobre outros tipos de interesses, levar-vos-à a confrontar-vos não só com um sistema injusto mas também com um poderoso sistema comunicacional do poder, que distorcerá frequentemente o alcance das vossas decisões, colocará em causa a vossa honestidade e integridade e podem inclusivamente julgar-vos”.
A intenção de oração do Papa para este mês dirige-se a todos os que têm em suas mãos o destino de outras pessoas, “porque quando a justiça chega tarde ou não chega, provoca muita dor e sofrimento”. Por isso, o desejo e a esperança de Francisco é que a injustiça nunca tenha a última palavra.
Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa