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Há quase dois anos do PAC.2

5 de fevereiro de 2023 

Estamos prestes a completar dois anos desde que o Pe. Geral aprovou o segundo Projeto Apostólico do CPAL (PAC.2). Esse processo teve três características principais que merecem ser destacadas:

Em primeiro lugar, a ampla participação em sua construção (propiciada pelos meios digitais e pela ajuda técnica especializada) fez com que mais de 3.500 pessoas do corpo apostólico na América Latina participassem por meio de diversas contribuições: desde a avaliação do PAC anterior até as propostas de objetivos e sugestões de atividades no novo projeto.

Em segundo lugar, inspirado nas Preferências Apostólicas Universais (PAUs), o projeto apostólico 2021-2026 é fruto de um discernimento vinculante dos superiores maiores da Conferência, que expressa e desafia – ao mesmo tempo – os Planos Apostólicos Provinciais. PAU, Planejamento Apostólico Comum (PAC) e Planos Apostólicos Provinciais (PAPs) são uma trindade que deve viver da comunhão (comum-união) e harmonização entre os três; nenhum sem o outro.

Em terceiro lugar, o PAC.2 surge no contexto pós-Congregação Geral 36, como um plano que acompanha, no seu desenho e na sua execução, os esforços pela superação do provincialismo e setorismo, que têm marcado grande parte da história da Companhia nos últimos anos. É por isso que seu operador fundamental e seu campo de atuação são especialmente as redes, alianças e colaborações. Em sintonia com a missão universal da Companhia de Jesus (PAU) o PAC é o espaço comum onde, ao “en-red-darse”, as províncias (suas obras e seus projetos) enriquecem aos outros e ao mesmo tempo se enriquecem pela ação conjunta, em rede.

Treze redes compõem o espaço apostólico comum na CPAL: 

– Rede Claver de escritórios de desenvolvimento

– Rede Ausjal

– Rede Clacies

– Rede de Paróquias e Templos

– Rede Fé e Alegria Federação Internacional

– Rede de Rádio Jesuíta

– Rede Flacsi

– Rede de Centros Sociais

– Rede Jesuítas com Migrantes

– Rede Comparte

– Rede Juvenil e Vocacional MAGIS

– Rede de Solidariedade e Apostolado Indígena e Afro-americano

– Rede de Escritórios provinciais de Comunicação

Além das redes, existe uma série de outras iniciativas importantes, como as Casas Interprovinciais de Formação Teológica (CIF), o grupo de Gênero e Igualdade, o grupo de Filósofos e a Comissão Teológica, o grupo de delegados provinciais de Safeguarding e o grupo de administradores provinciais.

Para dar seguimento ao PAC, trinta e dois (32) acordos bilaterais e multilaterais estão sendo implementados na execução desta sinfonia: desde o compromisso de desenvolver um serviço voluntário profissional de jovens e adultos na América Latina que possa beneficiar especialmente a Cuba, Haiti e Panamazônia, até o desenvolvimento de um curso de pós-graduação em pesquisa e inovação educacional; desde o desafio de desenvolver programas de formação de jovens para o discernimento político, ao compromisso de sistematizar e difundir a memória de nossas presenças indígenas no continente; desde a promoção e  financiamento de experiências de Exercícios Espirituais e discernimento com todos os nossos colaboradores e com pessoas pobres de nossos apostolados, até o compromisso de aprofundar e renovar as orientações de nossa ação educativa. São alianças apostólicas intersetoriais, internacionais e interprovinciais que maximizam recursos e promovem maiores impactos por meio da colaboração.

Esta é a principal tarefa da CPAL: colaborar na articulação do nosso trabalho com o único objetivo de alcançar impactos de maior alcance na Missão que foi confiada ao Corpo da Companhia. A principal tarefa da Equipe Ampliada, composta pelos coordenadores e secretários das redes e outras iniciativas apostólicas (aproximadamente 28 pessoas) é justamente identificar e desenvolver as ações nas quais possamos nos encontrar, nos apoiar, unir forças, compartilhar recursos, harmonizando a trindade que nos orienta: as PAU, o PAC e os PAPs.

Temos crescido muito nos 23 anos de existência da CPAL, mas ainda há muito para crescer. Para isso é preciso aceitar cordial, mental e vitalmente que, por mais poderosa que seja a instituição em que se trabalha ou que lhe representa, ninguém se basta sozinho; e que todos temos uma função, uma graça, uma qualidade, um savoir-faire particular, que contribui para o concerto da Missão de toda a Companhia de Jesus. 

Pe. Roberto Jaramillo, SJ

 

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