Uma das características mais marcantes do serviço jesuíta é a atuação missionária em diversas partes do mundo. Desde o início da Companhia de Jesus essa propriedade é posta à prova, com incontáveis casos, como de José de Anchieta, espanhol que viveu boa parte da vida no Brasil, participando ativamente da catequização no país; Manuel da Nóbrega, português que também fundou a Companhia de Jesus no Brasil no século XVI; Matteo Ricci, sacerdote italiano e primeiro jesuíta a ingressar na Ásia, fundador das missões católicas na China, etc.
Os séculos se passaram e essa veia apostólica se manteve presente no trabalho dos jesuítas pelo mundo até os dias de hoje. Estima-se que a Companhia de Jesus mundial tenha aproximadamente 20 mil membros, entre jesuítas, irmãos, jesuítas em formação e noviços. E todos eles estão espalhados em mais de 120 países nos cinco continentes, desempenhando funções de espiritualidade, serviço nas paróquias, trabalho social, missões, educação, investigação científica, arte, comunicação social, entre muitas outras atividades.
Dessa forma, as histórias de jesuítas que deixam a terra natal para a ação missionária em outros países se repetem. No vídeo abaixo, divulgado pela emissora RTVE, da Espanha, é destacada a história de dois jesuítas espanhóis que trabalham a mais de 60 anos no Instituto Ricci da biblioteca da Universidade Pública de Taiwan. Eles também lecionam o espanhol e já traduziram dicionários da língua local. Na matéria, eles contam sobre como viver e trabalhar o aspecto religioso em um país comunista, além da rotina e detalhes da catequização na Ásia e as funções desempenhadas na universidade. A partir de 0'54''.
Taipei Instituto Ricci
O Taipei Ricci Institute foi fundado em 1966 e dirigido até 1996 pelo padre jesuíta Yves Raguin. O propósito do instituto é contribuir para a compreensão em profundidade da cultura chinesa através de pesquisa, debates e publicações. Este trabalho intercultural, simultaneamente, facilita a discussão e cooperação entre as religiões e espiritualidades.
Desde 1996, o instituto Ricci renovou e expandiu o seu âmbito, sob a liderança de uma nova equipe, com expansão do número de membros e meios de ação, que permite que o instituto realize novos programas de investigação a longo prazo, centrada em torno de três preocupações: a promoção de uma “cultura de paz” no mundo chinês, pesquisa em torno da identidade cultural e religiosa do povo chinês e um diálogo contínuo com os estudiosos chineses sobre a experiência espiritual no mundo contemporâneo.