Migrantes chegam a Santa Catarina em busca de recomeço

Um grupo com 59 migrantes venezuelanos desembarcou no aeroporto de Chapecó (SC), na quarta-feira, 07/10, para iniciar uma nova etapa de suas vidas. Eles estavam abrigados em centros de acolhimento em Boa Vista (RR) e foram levados para o Sul do país com base em um projeto de interiorização de estrangeiros que cruzam a fronteira da Venezuela com o Brasil. Parte desses migrantes foram contratados para trabalhar em uma indústria de alimentos no município de Seara, no Oeste catarinense.

As oportunidades de emprego surgiram a partir de uma parceria entre as empresas contratantes – que abriram os processos seletivos na capital de Roraima. O Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR Brasil) e a Associação Voluntários para o Serviço Internacional (AVSI) acompanharam as entrevistas dos venezuelanos e viabilizaram a interiorização do grupo para Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

De acordo com o diretor nacional do SJMR Brasil, Pe. Agnaldo Júnior, “as ações realizadas em parceria são capazes de produzir um resultado muito melhor e garantir um impacto transformador de maior duração. Por isso apostamos nesse trabalho conjunto com a AVSI. Esperamos que os migrantes e refugiados aproveitem bem essa oportunidade e possam viver em melhores condições, juntamente com suas famílias”.

Em Santa Catarina, os venezuelanos terão acompanhamento das entidades. As famílias chegam com moradia garantida e recebem também acompanhamento de assistente social pelos próximos três meses.

Este é o segundo grupo interiorizado por meio da parceria entre o SJMR e AVSI. Em fevereiro, 87 venezuelanos foram realocados na região e contaram com o acompanhamento durante os três primeiros meses. Depois desse período, deixaram as acomodações temporárias e passaram a residir na região com recursos próprios. “Nossa avaliação do primeiro grupo é altamente positiva. Os venezuelanos se adaptaram bem à cidade e elogiam muito o acolhimento que receberam, tanto na empresa onde trabalham, como em suas comunidades”, observa Thais Braga, gerente do Acolhidos por meio do trabalho – AVSI.

Texto com informações do SJMR

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