Dom Oscar Arnulfo Romero é conhecido pelo seu empenho em favor da paz, e em sua luta contra a pobreza e a injustiça. O religioso, assassinado em 24 de março de 1980, passou a ser considerado santo, pelas comunidades cristãs do continente americano, desde o dia do seu martírio.
Natural de Ciudad Barrios, em El Salvador, Oscar Romero nasceu em agosto de 1917. Filho de uma família modesta, ingressou no seminário aos 14 anos. Durante sua vida religiosa sempre defendeu os mais pobres. Clique aqui e saiba mais sobre o beato.
Reflexão
Em audiência, o Papa Francisco recebeu os colaboradores da Cúria Romana, no dia 21 de dezembro. Durante o encontro, o pontífice propôs um “catálogo das virtudes necessárias” para os que prestam serviços na Cúria.
Ao final da audiência, Francisco encerrou a reflexão com uma oração atribuída ao Beato Oscar Arnulfo Romero. Confira:
De vez em quando ajuda-nos recuar um passo e ver de longe.
O Reino não está apenas para além dos nossos esforços,
está também para além das nossas visões.
Na nossa vida, conseguimos cumprir apenas uma pequena parte
daquele maravilhoso empreendimento que é a obra de Deus.
Nada daquilo que fazemos está completo.
Isto quer dizer que o Reino está mais além de nós mesmos.
Nenhuma afirmação diz tudo o que se pode dizer.
Nenhuma oração exprime completamente a fé.
Nenhum credo contém a perfeição.
Nenhuma visita pastoral traz consigo todas as soluções.
Nenhum programa cumpre plenamente a missão da Igreja.
Nenhuma meta ou objetivo atinge a dimensão completa.
Disto se trata:
Plantamos sementes que um dia nascerão.
Regamos sementes já plantadas,
sabendo que outros as guardarão.
Pomos as bases de algo que se desenvolverá.
Pomos o fermento que multiplicará as nossas capacidades.
Não podemos fazer tudo,
mas dá uma sensação de libertação iniciá-lo.
Dá-nos a força de fazer qualquer coisa e fazê-la bem.
Pode ficar incompleto, mas é um início, o passo de um caminho.
Uma oportunidade para que a graça de Deus entre
e faça o resto.
Pode acontecer que nunca vejamos a sua perfeição,
mas esta é a diferença entre o mestre de obras e o trabalhador.
Somos trabalhadores, não mestres de obras,
servidores, não messias.
Somos profetas de um futuro que não nos pertence.
Fonte| pt.radiovaticana.va