Papa Francisco: a medida do progresso deve ser a pessoa e não o lucro

O Papa Francisco acompanhou, em de janeiro, a abertura do evento Preparando o futuro, construindo uma economia sustentável, inclusiva e regenerativa, realizado no Palácio Lateranense. No encontro, promovido pela Comissão do Vaticano para a Covid-19 do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral e a Rede Deloitte, o Pontífice deixou uma mensagem: “é necessária uma nova abordagem, muitas oportunidades foram perdidas”.

“Não declarações de intenção, mas compromissos concretos para que a economia e as finanças estejam a serviço das pessoas e da mãe terra: que a medida do progresso sejam as pessoas saindo da pobreza e trabalhando com dignidade, e não a lógica do lucro, da expansão e da rentabilidade a curto ou imediato prazo”, pediu o Papa aos participantes do evento, ressaltando: “É do nosso compromisso que vai depender o que acontecerá”. Segundo o Pontífice, a pandemia não pode nos deixar como antes, e em dois anos “devemos admitir que perdemos muitas oportunidades para mudar nossa abordagem”.

Francisco falou de novas “injustiças e desigualdades” e de “desafios” que continuam a persistir, como os cuidados com a Casa Comum, a distribuição de vacinas, o aumento da fome, da pobreza e do comércio de armas. O Pontífice disse que precisamos promover uma “mudança de paradigma” e “encontrar soluções criativas”: o mundo da economia e das finanças tem uma responsabilidade importante. Daí o incentivo aos participantes, em termos de compromisso coletivo, na luta contra a pobreza e em prol do emprego: compromissos concretos a serviço das pessoas e da criação. “É tão difícil assegurar as condições para que todos possam contribuir para transformar o mundo com seu trabalho?”, indagou o Papa, salientando: “Vocês podem fazer a diferença: como eu gostaria que todos aceitassem a responsabilidade de preparar um futuro diferente!”.

Este foi o ponto de partida para o trabalho entre especialistas e economistas, para analisar o desafio global da pandemia, que tem destacado a inadequação dos sistemas econômicos e sociais atuais e das sociedades transformadas, e para apresentar novos modelos de economia que valorizam a natureza, as pessoas e a sociedade como um todo.

Fonte: Vatican News

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