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Papa pede cristãos corajosos, não estacionados

Nesta terça-feira (17), durante a missa matutina na Casa Santa Marta, no Vaticano, o Papa Francisco pediu aos cristãos que sejam corajosos, ancorados na esperança e capazes de suportar momentos difíceis. E acrescentou que cristãos preguiçosos, em vez disso, são parados e, para eles, a Igreja é um belo estacionamento.

A homilia do Papa foi desenvolvida a partir da Leitura da Carta ao Hebreus. O zelo de que fala, a coragem de ir avante deve ser a nossa atitude diante da vida, como os que treinavam no estádio para vencer. Mas a Leitura fala também da preguiça, que é o contrário da coragem. “Viver na geladeira”, sintetizou o Papa, “para que tudo permaneça assim”.

“Os cristãos preguiçosos, os cristãos que não têm vontade de ir avante, os cristãos que não lutam para fazer as coisas mudarem, coisas novas, coisas que fariam bem a todos se mudassem. São os preguiçosos, os cristãos estacionados: encontraram na Igreja um belo estacionamento. E quando digo cristãos, digo leigos, padres, bispos… Todos. E como existem cristãos estacionados! Para eles, a Igreja é um estacionamento que protege a vida e vão adiante com todas as garantias possíveis. Mas esses cristãos parados me fazem lembrar de uma coisa que nossos avós diziam quando éramos crianças: ‘Fique atento porque água parada, que não escorre, é a primeira a se corromper’”.

O que torna os cristãos corajosos é a esperança, enquanto “os cristãos preguiçosos” não têm esperança, estão “aposentados”, disse o Papa, ressaltando que é belo se aposentar depois de tantos anos de trabalho, mas “passar toda a sua vida aposentado é ruim!”. Ao invés, a esperança é âncora à qual se agarrar para lutar inclusive nos momentos difíceis.

“Esta é a mensagem de hoje: a esperança, aquela esperança que não desilude, que vai além. E diz: uma esperança que ‘é uma âncora segura e firme para a nossa vida’. A esperança é a âncora: nós a lançamos e ficamos agarrados na corda, mas ali, indo ali. Esta é a nossa esperança.  Não se deve pensar: ‘Sim, mas tem o céu, ah que belo, vou ficar aqui…’. Não. A esperança é lutar, agarrados na corda para chegar lá. Na luta de todos os dias, a esperança é uma virtude de horizontes, não de fechamentos! Talvez seja a virtude que menos se compreende, mas é a mais forte. A esperança: viver na esperança, viver de esperança, olhando sempre para frente com coragem. ‘Sim, padre –vocês podem me dizer -, mas existem momentos difíceis, o que devo fazer?’. Agarre-se à corda e suporte”.

“A nenhum de nós a vida é presenteada”, observou Francisco, “devemos ter a coragem de ir avante e aguentar’. E acrescentou que cristãos corajosos, tantas vezes erram, mas todos erram, lembrando que “erra aquele que vai em frente”, enquanto “aquele que está parado parece não errar”. E quando “não se pode caminhar, porque tudo é escuro, tudo está fechado”, você tem que suportar, ter perseverança.

Francisco fez ainda um convite: “Vamos nos fazer a pergunta: como sou eu? Como é a minha vida de fé? É uma vida de horizontes, de esperança, de coragem, de ir para a frente ou uma vida morna que nem mesmo sabe suportar os maus momentos?” E finalizou pedindo que “o Senhor nos dê a graça, como pedimos na Oração da coleta, para superar os nossos egoísmos, porque os cristãos estacionados, os cristãos parados, são egoístas. Olhando somente para si mesmos, não sabem levantar a cabeça para olhar para Ele. Que o Senhor nos dê esta graça”.

 

Fontes: Rádio Vaticano | News.VA | Portal Canção Nova

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