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Reunião da Equipe Ampliada da Cpal realiza diagnóstico das redes do corpo apóstólico da Companhia de Jesus

A cidade de Manaus (AM) foi sede do encontro da Equipe Ampliada da Conferência de Provinciais Jesuítas da América Latina e do Caribe (Cpal), entre os dias 11 e 15 de março. O evento reuniu o presidente da Cpal, os(as) delegados(as) para os apostolados da missão no continente e os(as) coordenadores(as) das redes que integram o corpo apostólico da Companhia de Jesus no território latino-americano e caribenho.

O Objetivo da Equipe Ampliada é ser um canal dinamizador e articulador em prol da missão da Companhia de Jesus na América Latina e no Caribe, traçando estratégias e ações para criar uma cultura de colaboração. 

Pe. Rafael Garrido, SJ, presidente da Cpal, acredita que o trabalho articulado é essencial, pois “os frutos são muito maiores”, e avalia que a inter-relação de setores, redes e frentes apostólicas exige que a Cpal reflita como “assume essa inter-relação”, considerando as dinâmicas de governança, inclusive. O jesuíta menciona que a assembleia de provinciais, há algum tempo, está debruçada sobre o tema do trabalho em rede, no qual aglutina pressupostos, reflexões e decisões no horizonte da missão da Cpal. Para distinguir os vários tipos de articulações que acontecem na Conferência e que nem todas estão no âmbito de rede, mas, segundo ele, são essenciais, exemplifica, dizendo: “o delegado de Formação não é uma rede, é uma pessoa com autoridade para organizar a Formação na Conferência, faz parte de um trabalho fundamental que é permeado por essa forma de trabalhar articuladamente, mas não é uma rede”.

Isso tudo porque um dos principais temas tratados envolveu um diagnóstico das redes e a compreensão de modelos que podem existir, que contou com a assessoria de Paulo Bittencourt e Melissa Lesnovski da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Buscou-se reunir, naquele momento, um conjunto básico de elementos e conexões que caracterizam uma rede jesuítica na América Latina, verificando vínculos e enlaces que são importantes, além de projeções criadas do que seja uma rede a partir da internalização do imaginário individual e coletivo, experiências territoriais e transversais, e necessidades de expressão que demarcam uma identidade.

Pe. Rogério Mosimann, SJ, delegado para a Preferência Apostólica Amazônia (Paam), comentou a respeito do tema das redes e como esse se relaciona com sua missão: “Nós falamos muito de trabalho em rede e creio que junto com o Papa Francisco a palavra-chave realmente é sinodalidade, é caminhar juntos, construir juntos um caminho. Ninguém tem soluções prontas, ninguém já sabe as respostas. Os desafios da realidade são muito grandes”. Ele entende que tudo isso deve passar por um diálogo para discernir a melhor maneira de responder aos apelos da missão da Companhia de Jesus no continente. Nesse sentido, em sua visão, as reflexões sobre a missão na Amazônia brasileira e, sobretudo na pan-amazônia, não devem ficar de fora.

Em consonância, Pe. Sílvio Marques, SJ, do Serviço Jesuíta Pan-Amazônico (Sjpam), reforça a importância das “Interconexões entre redes”. Uma vez que o Sjpam “é uma rede diversa que compõe e é composta por outras redes”, o jesuíta enxerga como fundamental a troca de experiências e a intercomunicação na missão comum.

Nessa dimensão, o Pe. Agnaldo Oliveira Júnior, SJ, delegado para o Apostolado Socioambiental da Cpal, enfatizou a premissa da missão que assume: “dialoga com todos os demais âmbitos… Educação, Formação, Espiritualidade e outros”. Sinalizou ainda que a Amazônia é importante para a Conferência de Provinciais da América Latina e do Caribe: “Tocar esse território, senti-lo como prioritário para a nossa missão aqui nesse chão, é, digamos, relevante para toda essa articulação que estamos discutindo”.

Entre os assuntos tratados estavam temas como a planificação apostólica para a renovação e transformação da missão, o trabalho em colaboração, o Plano Apostólico Comum (PAC 2), o contexto amazônico da Companhia de Jesus no Brasil e de missão da América Latina e do Caribe, a promoção de uma cultura consistente de proteção e o documento De Statu Societatis

Da Província dos Jesuítas do Brasil (BRA), além do Pe. Rogério, Pe. Silvio e Pe. Agnaldo Jr., estiveram presentes: Pe. Edson Tomé, SJ, (secretário para Juventudes e Vocações da BRA); Ir. Raimundo de Oliveira Barros, SJ, (secretário e delegado para a Educação da Cpal); Ir. Plinyo Proença (estudante de antropologia);  Fabrício Vassoler (Escolástico); Luciana Mendes (coordenadora do Escritório de Relações Institucionais e Sustentabilidade da BRA e da Rede Claver da Cpal); e Flávia Reis (diretora nacional do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados – SJMR).

A Pedagogia Inaciana permeou diversos momentos da Reunião Ampliada da Cpal, desde a condução da oração pessoal, conversações espirituais, trabalho de grupos, celebrações eucarísticas até plenárias e discussões.

Galeria de fotos: https://bit.ly/4cqIQVR

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