Reitor do FEI discute o futuro da Engenharia com as novas demandas

A demanda por profissionais das áreas de engenharia vem ganhando novos contornos na última década especialmente com as recentes transformações digitais. Nesse sentido, tendências como a hiper conectividade, o despresenciamento e a maior inserção de tecnologia e digitalização no cotidiano, que se intensificaram com força na pandemia causada pelo novo coronavírus, vêm impulsionando avanços, novos desafios, mas também inéditas possibilidades de trabalho e estudo.

Em live pelo Facebook intitulada O futuro da engenharia, em parceria com o jornal Estadão, o engenheiro Gustavo Donato, reitor do Centro Universitário FEI, uma das instituições referência de ensino superior no país explicou que as mudanças no setor são causadas pela velocidade dos avanços tecnológicos e pela completa mudança nos tipos de problemas e demandas da sociedade. Elas derrubaram as fronteiras entre áreas do conhecimento e passaram a exigir, além de sólida formação conceitual e nas modalidades, multidisciplinaridade, autonomia e criatividade por parte dos profissionais e dos cursos. “As maiores oportunidades da atualidade e do futuro estão nas interfaces das áreas que conhecemos, o que demanda novos perfis profissionais”, disse o reitor.

Exemplos desse novo cenário, explica Gustavo, são veículos autônomos e a engenharia de robôs, ambas áreas de interface. Esta última é uma formação inédita no Brasil até 2019. Demandam competências complementares das engenharias mecânica, de materiais, elétrica, química (nas baterias por exemplo) e de automação e controle, além de competências da ciência da computação (como Inteligência Artificial), da filosofia, sociologia e ética, dentre outras áreas. Tal realidade ocorre em todas as engenharias e deve pautar os projetos de cursos modernos, mesmos nas áreas mais conhecidas.

De olho no futuro

Para responder a tais problemas complexos e que envolvem múltiplas áreas, Gustavo Donato aponta para um novo perfil de profissional, muito preparado nos fundamentos técnicos, mas também nas competências comportamentais, como capacidade de aprender, flexibilidade para se abrir ao novo e inteligência emocional bem desenvolvida. “Os problemas do amanhã não têm nada a ver com os problemas que estávamos acostumados nas décadas anteriores, pois requerem mais competências profissionais, sociais e pessoais”.

Para formar pessoas com esse perfil, Gustavo Donato defende cursos superiores pautados no tripé de competências técnicas, habilidades socioemocionais e atitudes para com a sociedade. “Além de dominar os fundamentos da engenharia, o mercado exige um altíssimo grau de autonomia, criatividade e visão holística para navegar entre as áreas, trabalhar colaborativamente com alta performance e criar nexo entre as demandas, de acordo com o projeto ou a solução que a sociedade precisa”, apontou.

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