Ir para o conteúdo

home

Instagram Facebook Youtube
  • Quem Somos
  • Preferências Apostólicas
  • Exercícios Espirituais
  • Seja um Jesuíta
  • Fale Conosco
  • Quem Somos
  • Preferências Apostólicas
  • Exercícios Espirituais
  • Seja um Jesuíta
  • Fale Conosco
  • Colaboração, Fé
    e Espiritualidade
  • Nossa
    Vida-Missão
  • Educação
  • Paróquias, Igrejas,
    Santuários e Capelanias
  • Justiça
    Socioambiental
  • Juventude
    e Vocações
  • Patrimônio
    Histórico e Cultural
  • Preferência
    Apostólica Amazônia
  • Colaboração, Fé
    e Espiritualidade
  • Nossa
    Vida-Missão
  • Educação
  • Paróquias, Igrejas,
    Santuários e Capelanias
  • Justiça
    Socioambiental
  • Juventude
    e Vocações
  • Patrimônio
    Histórico e Cultural
  • Preferência
    Apostólica Amazônia
  • Imagens
  • Vídeos
  • Podcast
  • Produções artísticas
  • DISCERN
  • Agenda

Tempo da Quaresma

  • Postado em: 28 de fevereiro de 2024

As nossas comunidades preparam-se para embarcar no caminho da Quaresma, um caminho espiritual que nos convida a redescobrir a beleza do nosso batismo, a renovar a opção de seguir Cristo no caminho da cruz e de participar na vitória pascal.

Para viver seriamente a ascese quaresmal, somos convidados a assumir três compromissos: a caridade, que encurta a distância entre irmãos e nos torna atentos às necessidades dos pobres; a oração, que no fragor esculpe espaços de silêncio e irriga a existência do ser humano; o jejum, que ordena os sentidos e ajuda a dar o valor certo às coisas.

O amor compromisso com o próximo, o íntimo diálogo com Deus e o autêntico jejum quaresmal visam a transfiguração dos desejos e a purificação do coração, para abandonar o fermento velho, impregnado de malícia e perversidade, e celebrar a Páscoa do Senhor com pão ázimo de sinceridade e verdade.

Um pouco da história

Comecemos o tempo santo da Quaresma com seus ritos litúrgicos e sentidos. Um tempo favorável, que a Igreja nos faz celebrar desde o século IV, para alcançar cada vez mais plenamente a beleza da vida nova em Cristo: “todos os anos concedeis a vossos fiéis a graça de se preparem para celebrar os sacramentos pascais, na alegria de um coração purificado, para que, dedicando-se mais intensamente à oração e às obras de caridade e celebrando os mistérios pelos quais renasceram, alcancem a plenitude da filiação divina…” (MR, Prefácio da Quaresma I).

Nos três primeiros séculos, não temos registro da Quaresma entre os cristãos. A Páscoa anual era preparada por meio de dois ou três dias de jejum. A primeira evidência desta época do ano litúrgico remonta ao século IV: Egéria é testemunha disso, no que diz respeito a Jerusalém e Espanha, Santo Agostinho para a África e Santo Ambrósio para Milão. No tocante a Roma, será o historiador Sócrates na História Eclesiástica (século IV) que testemunhará um tempo de três semanas de jejum em preparação para a Páscoa, exceto aos sábados e domingos.

O papa Leão Magno, em seu décimo sermão quaresmal proferido em 455, lembrou aos fiéis: “Ao aproximar-se a celebração deste mistério que transcende todos os outros, o mistério do Sangue de Jesus Cristo que apagou as nossas iniquidades, preparemo-nos em primeiro lugar mediante o sacrifício espiritual da misericórdia”.

Redescoberta do Batismo

Os textos litúrgicos falam-nos deste tempo como sacramento da Quaresma (MR, Oração da Coleta do I Domingo da Quaresma), de um retorno ao Senhor marcado por um intenso propósito espiritual, em que os batizados são chamados a experimentar Cristo e a testemunhá-lo com a vida.

O Concílio aponta o caminho para a recuperação do duplo caráter da Quaresma, “por meio da recordação ou preparação do Batismo e pela Penitência” (SC 109), para uma autêntica disposição para celebrar o mistério pascal.

É no batismo que se funda a preciosidade do caminho quaresmal. Viver este caminho nas nossas comunidades significa saborear de novo a beleza de ser filhos, de ser Igreja. Desse modo, a Quaresma assume a forma de um verdadeiro e próprio caminho espiritual que a Igreja oferece aos seus filhos para chegarem completamente renovados para celebrar a Páscoa do Filho de Deus (cf. MR, Oração de Bênção das Cinzas). Um caminho sustentado pela força da Eucaristia para que se torne um instrumento eficaz para a cura do nosso espírito (cf. MR, Oração depois da Comunhão, Quarta-feira das Cinzas) e que não pode deixar de rever e restabelecer a relação de oração e diálogo entre o Pai e os seus filhos.

Os padres da Igreja, descrevendo a preparação para o batismo dos catecúmenos nas diferentes etapas, apresentam-nos o simbolismo da Quaresma como o tempo que passa entre dois cursos de água: o Mar Vermelho e o Jordão. Os padres gostavam de se referir ora a um e ora ao outro, para descrever a grande passagem batismal, dirigindo decisivamente o caminho quaresmal rumo ao Jordão: para os catecúmenos que já haviam atravessado o Mar Vermelho, isto é, haviam se convertido, mas ainda não haviam recebido o Batismo, o rio a atravessar era o rio batismal do Jordão, para entrar na terra prometida do reino de Cristo, vivido na fé da comunidade cristã (cf. ORÍGENES, Homilias sobre Josué, 4,1).

Caminho de Conversão

O convite constante à conversão por meio de obras de penitência e, sobretudo, de caridade, que a liturgia nos oferece neste tempo litúrgico, não pode restringir-se apenas ao aspecto moral, embora seja sempre importante. “Progredir no conhecimento do mistério de Cristo e corresponder-lhe por uma vida santa” (MR, Oração da Coleta do I Domingo da Quaresma) significa reconhecer o imenso dom recebido no Mistério Pascal através dos sacramentos da iniciação cristã: ser verdadeiramente filhos do Pai, gerados pela morte de Cristo. Só esta consciência “batismal” nos impulsionará para a vida nova daqueles que sabem que estão “ressuscitados com Cristo”.

Este ano, o fio condutor dos Evangelhos dominicais é puramente de natureza “penitencial”, assim como a eucologia é um convite à “conversão-misericórdia”. Toda a liturgia dos domingos da Quaresma convida-nos a tomar consciência do “círculo virtuoso” que liga a experiência da misericórdia divina à nossa conversão, que, por sua vez, se traduz na nossa ação concreta de misericórdia para com os irmãos e irmãs. Em outras palavras, tendo experimentado o amor misericordioso de Deus, tornamo-nos capazes de amar os outros.

O caminho penitencial da Quaresma nos conduzirá, à noite de Páscoa, na celebração da Vigília, a renovar as promessas batismais, para sermos aspergidos com aquela água que nos fez renascer para uma nova vida, fazendo ressoar o convite de Santo Irineu de Lião: “Cristão, torna-te o que sois!”.

É também um tempo exigente

A liturgia convida-nos a viver este tempo com sobriedade e essencialidade, a sentir, como Israel no Egito, “o peso da escravidão” neste tempo em que se desencadeiam conflitos que pretendem condenar o Deus da paz à irrelevância; exorta-nos a elevar o olhar para o Amor, o único que pode dar uma resposta futura ao desejo de libertação que vive no coração de cada ser humano.

Será um tempo “exigente”, porque será preciso a força da esperança e da verdade para podermos refletir sobre a própria vida e decidir sobre a mudança através da celebração do sacramento da Penitência, que nos permitirá elevar o olhar para o esplendor da Páscoa sem ficarmos cegos pela miséria do nosso pecado.

O jejum e a esmola encherão de concretude o caminho quaresmal e recordar-nos-ão que somos um povo em peregrinação rumo à libertação e não uma multidão anônima que corre sem rumo, e principalmente, que somos um povo constituído de irmãos e irmãs.

Somos convidados a viver o jejum como uma renúncia ao que não é essencial, aquele jejum que solicitará os nossos corações a compreender de quem realmente não podemos prescindir, quem é o sopro de esperança de nossos corações, a voz de quem deve atravessar os ruídos insuportáveis dos conflitos, da violência e da opressão para recontar-se nas novas belezas de paz. “O jejum não é somente privar-se do pão. É também dividir o pão com o faminto” (Papa Francisco).

Somos chamados a viver a esmola não apenas como partilha das necessidades dos irmãos, mas como abertura do coração e da vida à necessidade de paz e esperança do mundo, para que o amor do Pai que ressuscitou o Senhor Jesus seja derramado pelos caminhos da história graças ao amor que cada um de nós poderá oferecer e partilhar com cada pessoa, para que no fim a paz seja fruto da alegria da Quaresma deste ano.

Washington Paranhos, SJ, é professor e pesquisador no departamento de Teologia da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (Faje).

Fonte: Vatican News

Compartilhe

AnteriorAnteriorBento XVI: 11 anos de sua renúncia
PróximoRetiro para monitores de Crisma na Chácara do Colégio MedianeiraPróximo

Últimas notícias

Lançamento do novo site de publicações do IHSI

Mês Vocacional fortalece cultura do chamado

Jesuítas reúnem-se para avaliar a missão da Semana Santa

Comentários

  • Quem Somos
  • Preferências Apostólicas
  • Quem Somos
  • Preferências Apostólicas
  • Exercícios Espirituais
  • Seja um Jesuíta
  • Fale Conosco
  • Exercícios Espirituais
  • Seja um Jesuíta
  • Fale Conosco

Siga nossas redes sociais

Instagram Facebook Youtube

Jesuítas do Brasil © 2024 | Todos os direitos reservados