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Viver a esperança que nasce de um experiência comprovada

Sem sombra de dúvida, a mudança de época pela qual estamos passando tem afetado nossos projetos e nossos propósitos de vida e de missão. Por isso, não há como iniciar este texto sem mencionar a pandemia causada pelo coronavírus. Não para falar mais do mesmo, mas, sim, para apresentar de onde estamos falando e qual realidade nos circunda neste momento. A covid-19 surgiu sem avisar e se espalhou pelo mundo afora, gerando transtornos sociais e humanos. Muito se fala que a pandemia irá passar, mas que o coronavírus veio para ficar. Essa constatação nos leva a concluir que, neste momento, somos convidados a saber como conviver com esse novo “ser antecipador” de uma nova época nascente. Além disso, temos conhecimento de que não é a primeira vez na história da humanidade, e não será a última, em que a vida humana fica ameaçada por uma pandemia. Por isso, como em outros tempos, também hoje, o que se deve fazer é buscar respostas, estratégias e instrumentos para controlar a covid-19 e seus danos sobre a sociedade mundial.

A esse respeito, é um alívio poder dizer que as mesmas forças das ações humanas que, desafortunadamente, contribuíram para o surgimento da atual pandemia, agora, se veem, por parte de muitos, engajadas na busca de caminhos de proteção e cuidado da humanidade, assolada pela pandemia virológica que se desdobra em pandemia social, política e econômica. Há uma boa parcela da humanidade que está lutando, cuidando e acreditando em poder sair de toda essa experiência como uma humanidade nova. O que posso afirmar é que nós, do Programa MAGIS Brasil, fazemos parte dessa parcela envolvida na dinâmica da Esperança do verbo Esperançar, que nos coloca em atitude de levantar e ir atrás, de agir, de construir alternativas, de ressignificar a realidade.  

No contexto destes tempos tão complexos e desafiadores em que estamos vivendo, é uma alegria poder constatar o engajamento do Programa MAGIS em procurar abrir trilhas novas para ir ao encontro e cuidar daqueles que são destinatários da nossa missão, reorientando, adaptando e criando inúmeras atividades pastorais (retiros, formações, acompanhamentos espirituais, encontros vocacionais etc.) a serem oferecidas por meio das plataformas virtuais. Tudo isso nos faz acreditar no poder da “Esperança que nasce da experiência comprovada, e que não nos engana, pois é a expressão do amor de Deus derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”, como nos lembra o apóstolo Paulo em Romanos 5, 3-5.

 A esperança que norteia a missão do Programa MAGIS nasce de um processo vivido, resulta da constatação da graça de Deus sempre presente e atuante na história do Programa até aqui. E, como disse em outros momentos, o Programa MAGIS, como instrumento apostólico dos Jesuítas do Brasil junto às juventudes, é dom e graça de Deus vividos, exitosamente, como tarefa desde o ano de 2014, procurando oferecer meios para que os jovens possam vislumbrar diante de si um futuro cheio de esperança por meio da elaboração de um projeto de vida capaz de torná-los pessoas para os demais.

É por tudo isso que ousamos pressagiar que Nosso Senhor continuará derramando muitas graças sobre as juventudes pelo Brasil afora, por meio do apostolado da Companhia de Jesus, realizado por meio do MAGIS. Cremos, ainda, que, tanto no enfrentamento dessa pandemia que se abate sobre nós quanto na reorganização das nossas vidas pós-pandemia, o mesmo Deus que inspirou a criação do MAGIS Brasil continuará imbuindo-o de criatividade e luz divinas para que ele possa encontrar caminhos novos em vista da realização da sua missão.

Missão esta que deve se dar para e com as juventudes, pois, como nos lembra o texto da terceira Preferência Apostólica Universal da Companhia de Jesus/2019-2029 (Acompanhar os jovens na criação de um futuro cheio de esperança), os jovens “são os principais protagonistas da transformação antropológica que vem se processando por meio da cultura digital própria do nosso tempo e que tem feito emergir um novo ser humano e uma nova forma de estruturar a vida em suas dimensões pessoais e sociais.”

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